• Contributo de Joaquim L. (“Tratado sobre a fantasia e a alucinação”):
- «A crónica do arquitecto José António Saraiva (JAS), no SOL do passado sábado, devia ser incluída nos manuais de psicologia e passar a ser estudada nas faculdades como exemplo acabado do que é uma “efabulação”.
JAS expõe aquilo que ele acha que aconteceu, mas relata-o como tendo efectivamente acontecido. O arquitecto conta uma história, toda ela baseada em presunções, induções lógicas (segundo a lógica do próprio, é claro…) e suposições, mas descrita como tendo efectivamente acontecido. Chega a ser patológica a falta de discernimento entre a realidade e a ficção.
Para citar o próprio (em crónica da semana anterior), JAS “tem traços de personalidade semelhantes a João Vale e Azevedo: são ambos pessoas que acreditam com tanta força em certas inverdades que as dizem com a maior convicção”.
E quando a realidade não joga com a história de que ele tão ferozmente se convenceu, desata o arquitecto a atirar culpas e a colocar rótulos desacreditantes: José Miguel Júdice parecia o “verdadeiro” primo de Sócrates, o outro advogado que estava no Prós & Contras parecia contratado por Sócrates, o microfone de Saldanha Sanches não funcionava. E – magna chatice – só na plateia estava uma ou outra voz dissonante!”»
- «Comove o desvelo com que diariamente o BE se apresenta, e é amplamente publicitado por imprensa amiga, como paladino de um mundo diferente – e de um “homem novo”? - apesar de assente, esse discurso, em traduções ideológicas e filosóficas que não só descambaram em ditaduras, como continuam por lá perto…
Comoção que duplica quando esse conglomerado político e caldeirada ideológica, pretende salvar as famílias e os trabalhadores do capitalismo, “arrumando” os agentes da finança e da economia que não se subordinem ao Ministro das Finanças nomeado por Louçã – “arrumação” que não vi amplamente divulgada pela comunicação social e que não sabemos se será executada por mero encontrão, detenção a cargo de polícia política, ameaças ora veladas ora expressas, abaixo-assinado, manifestações, sob licença dos detentores da patente de Lenine, Estaline, Mao, Pol Pot, Enver e afins, prisão ou…
Comoção que triplica quando – esquecendo o amigo Carvalho da Silva que de operário ascendeu a doutor e tantos outros que se fizeram como trabalhadores-estudantes – o BE elege, para defesa do povo e dos trabalhadores, uma direcção nacional onde nos dez primeiros alapam 6 professores, 2 jornalistas, 1 sociólogo e 1 animador sócio-cultural, ou seja, tudo burguesia sem tirar nem pôr que não sabe o que é ser operário em qualquer grupo, empresa ou chafarica deste país.
Sobra uma preocupação: garantindo que “estão arrumados” os agentes económicos que não se sujeitarem aos ditames do Ministro das Finanças do BE, onde irá Louçã buscar novos investidores privados - para um sector produtivo sob vigilância e controle estatal - e para o incremento do emprego, e que fará ele aos trabalhadores que, à falta de postos de trabalho por “arrumação dos patrões”, ficarão sem emprego?»
- “Quem ansiosamente esperava pela edição do SOL deste fim-de-semana na sórdida e sádica esperança de lá encontrar mais informações escaldantes sobre o caso Freeport, desiludiu-se… Felícia Cabrita serviu-nos este sábado uma refeição requentada, citando os mesmos e-mails (nalguns casos, até, com citações repetidas) do sábado passado.
Os abutres estão inconsoláveis: afinal, o SOL não tem material novo, está apenas a tentar fazer render o peixe (e é um peixe bem pequenino…).”
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