sexta-feira, fevereiro 13, 2009

A realidade não inibe Pacheco

Começa a ser angustiante assistir às cenas diárias de Pacheco Pereira relativamente à comunicação social. Qualquer pessoa com os cinco alqueires bem medidos, e com tempo para anotar a forma desequilibrada como os media tratam a informação, poderia aos “casos” apresentados por Pacheco (na sua maioria, delirantes) contrapor uma torrente de exemplos que deveriam levá-lo a corar de vergonha.

Vejam-se alguns exemplos soltos:




    1. O Público fez uma manchete repleta de falsidades sobre o caso Freeport. Para além de outras mentiras na primeira página, um comunicado do procurador-geral da República emitido nesse mesmo dia desmente o teor da manchete (como, aliás, o conteúdo da carta rogatória da polícia inglesa veio igualmente desmentir). O esclarecimento do PGR não mereceu uma simples chamada na primeira página no dia seguinte.

    2. Durante semanas, a comunicação social bombardeou o país sustentando que o projecto do Freeport infringia as disposições comunitárias no que respeita à zona de protecção do Estuário do Tejo. Mas, quando a Comissão Europeia desmentiu o que era dito, a notícia sobre a posição comunitária foi omitida na maioria dos órgãos de informação.

    3. Durante cerca de uma semana, os media deram tempo de antena a uma juíza qualquer que se lembrou de acusar o Governo de poder aceder a matérias em segredo de justiça através do Citius [sistema de tramitação electrónica dos processos judiciais]. A reposição da verdade não mereceu nenhum destaque, quando sucessivamente o Ministério da Justiça, o Conselho Superior da Magistratura e a Ordem dos Advogados desmentiram essa hipótese bizarra.

    4. A nota de esclarecimento do secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, segundo a qual “a Igreja pede que os católicos votem na liberdade segundo a sua consciência”, negando, portanto, qualquer orientação de voto para os católicos, foi ignorada pelos órgãos de comunicação, em especial por aqueles que haviam feito uma interpretação abusiva das palavras proferidas pelo Padre Manuel Morujão.

5 comentários :

Anónimo disse...

Nunca li o jornal do Tio Belmiro, nem mesmo, que agora é ofertado a quem compre uma pastilha "Pirata" no Continente.

Compro barato e vendo caro, maxima dos xicos espertos.

Zé Boné

Anónimo disse...

Isto passa ao lado? A VERDADEIRA vigarice está aqui...

Contratos de Dias Loureiro terão lesado BPN em 38 milhões

Anónimo disse...

Nunca li nem leia "folhas" oficiais que imanam de directorios financeiros, economicos e politicos. Como tais:
público, sol, expresso,cm, diabo, jornal da madeira, TVi, sic e sicn,rtp e n, sabado, visão, poovo livre, avante e mais alguns.Estes lambebotas só batem sempre nos mesmos, assim não. Muitos como eu passam ao lado e viram-se para outros meios ao dispor.
Navego pela net o que me permite ver mais longe e assim ver onde está a verdade das coisas. Continuo achar que Socrates continua a ser a opção mais credível para este País.

Anónimo disse...

Mas há quem diga que os terrenos de Alcochete "estavam entregues" ao Dr. Oliveira e Casca.

Zé Boné

Anónimo disse...

«A reposição da verdade não mereceu nenhum destaque, quando sucessivamente o Ministério da Justiça, o Conselho Superior da Magistratura e a Ordem dos Advogados desmentiram essa hipótese bizarra.»

Reposição da «verdade»? Com «slogans» e frases feitas ridículas, a tomarem-nos por ignorantes? Estão a brincar! Os acontecimentos recentes vieram dar razão a estas juízas e juízes (porque são bastantes, custe aos «sistémicos» o que custar). E, sinceramente, como engenheiro de sistemas que sou, considero o CITIUS uma aberração anacrónica, sob todos os pontos de vista!