Um dos argumentos mais fantásticos que a TVI-Moura Guedes apresenta em sua defesa é o de que nada daquilo que "noticia" é desmentido.
Formalmente, é verdade.
Na realidade, uma mentira.
Aquilo que a TVI-Moura Guedes apresenta como "verdade" ou "novidade" é, sistematicamente, a deturpação de pequeníssimas peças de um puzzle, retiradas de textos já publicados e reinterpretadas editorialmente de maneira enviesada.
Vejamos um exemplo.
Abertura do noticiário da última sexta-feira, 20 de Março: o nome de José Sócrates teria surgido numa escuta telefónica, a qual o envolveria no recebimento de dinheiro no caso Freeport.
Vejamos o que dizia, sobre o mesmo assunto, o Correio da Manhã desse dia, ou seja, antes do noticiário da TVI:
O telemóvel em que foi escutada uma conversa que imputava a José Sócrates o recebimento de 500 mil euros foi desactivado ao fim de duas chamadas. Os factos reportam-se a 2005 e os telefonemas – considerados nos autos como de 'relevância para o inquérito' – foram feitos numa altura em que já se investigava a actuação do inspector José Torrão no caso. A chamada que envolve José Sócrates foi de curta duração e feita de um número privado para um dos suspeitos iniciais da investigação.
Ou seja:
1. o telefonema não ocorreu durante a alegada tentativa de suborno (2001), mas em 2005, quando se investigava o cambalacho montado por agentes da PJ, jornalistas e militantes do PSD e do CDS;
2. o telefonema envolve um "número anónimo", a chamada foi "de curta duração" e o telefone foi "desactivado" ao fim de duas chamadas;
3. a TVI considera que isto incrimina Sócrates; qualquer pessoa com o mínimo de discernimento percebe que a data, os personagens e o contexto apontam para algo bem diferente - a tentativa de envolver Sócrates a todo o custo, quatro anos passados sobre os eventos.
4. A expressão "com relevância para o inquérito" refere-se ao inquérito que então estava em curso - o do cambalacho PJ/PSD/CDS/jornalistas e não à questão do licenciamento do Freeport.
Chegados aqui, pergunta-se: desmentir o quê?
4 comentários :
«Ou seja: o telefonema não ocorreu durante a alegada tentativa de suborno (2001), mas em 2005, quando se investigava o cambalacho montado por agentes da PJ, jornalistas e militantes do PSD e do CDS»
ESTAMOS A ASSISTIR AO REPLAY DO QUE JÁ EM 2005 FOI APURADO.
O PORQUÊ DESTE "CASO", AGORA EM VERSÃO REQUENTADA, TER SURGIDO LOGO APÓS A BARRACADA-BPN TER ESTOURADO, DIZ TUDO DE QUEM ESTÁ POR DETRÁS DESTE RESSUSCITAMENTO...DE QUEM NÃO QUIS CONCENTRAR SOBRE OS SEUS OS ACONTECIMENTOS BOMBÁSTICOS.
(Para quando a comunicação social dedica nas suas páginas online uma secção [CASO-BPN - a maior fraude de sempre em Portugal cometida pelos "homens de confiança" de Cavaco e do PSD]?!
Caro Miguel:
São tantos desmentidos da sua parte que um homem fica comovido.
Porque não começa a numerar os desmentidos socráticos, como fez com outras matérias?
Era bonito, educacional e a gente ria-se no entretanto...
Coitada da Manela, que não percebe metade disso. Perguntem ao Nuno Ramos de Almeida, do '5 Dias', como é que ele produz semelhantes nacos de prosa. É ele que os escreve. É o jornalista ou o militante político que o faz?
Há partids politicos altamente interessados no caso freport.
Interessados estão também elementos judiciais e jornalisticos.
Na alta finança há elementos muito influentes com muito interesse que crie uma cortina de fuma.
Dos partidos mais interessados estão o psd e pcp. Da justiça, os sindicalistas dos juizes e MP.Dos meios da CS, estão o Balsemão, o sol (na falencia)e TVI.
Todos eles estão no jogo sujo, no sentido de esconder da opinião publica, o ROUBO e a CORRUPÇÃO (tudo real e verdadeiro) que praticaram como responsaveis bancarios.Todas figuras gradas do PSD e de Kavako.
Quem tem que explicar aos portugueses,sobre as relações previlegiadas com esses ladrões de bancos,é o actual presidente. Todos eles deram milhares de euros para a campanha de kavako e psd.
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