Alguém acredita que o Prof. Marcelo estava a pensar no provedor de Justiça quando disse na última homilia que o cargo exigia o domínio das novas tecnologias? Para poder dar a conhecer por SMS as atribuições e competências do provedor? Para fazer de cada cidadão um amigo no Facebook?
É óbvio que o político/comentador/professor estava a pensar no cargo de primeiro-ministro, ou melhor, na candidatura teórica da Dr.ª Manuela ao cargo. Se o provedor não pode ser um senador, como ele sustentou, muito menos um(a) senador(a) poderá aspirar a ser primeiro-ministro.
Eu não queria estar na pele do Prof. Marcelo. Se ele fala sem subterfúgios, como aconteceu quando disse que a Dr.ª Manuela já não ia a lado nenhum, as elites empertigam-se e obrigam-no a retractar-se no dia seguinte; se ele é mais rebuscado, como aconteceu no Domingo quando defendeu que o lugar dos senadores é no Madame Tussauds, a tropelia passa totalmente despercebida.
Para não envolver Maria Flor Pedroso nas travessuras em directo do comentador/político, até pelas funções que desempenha na Comissão da Carteira Profissional de Jornalista, só vejo uma saída. Sempre que o Prof. Marcelo se prepare para fazer uma traquinice, a RTP passe em nota de rodapé um pequeno texto: “É AGORA! TROPELIA! É AGORA! TROPELIA!” Ganhamos todos — e, mais importante ainda, a imagem do professor não sai beliscada.
2 comentários :
Caro Miguel Abrantes,
Mas o que se pode esperar de um partido que ao gabinete de propaganda decidiu chamar gabinete de estudos? Depois vêm dizer que a culpa do desemprego é do PS, não da crise internacional. E eu tenho de desmontar...
http://ovalordasideias.blogspot.com/2009/03/para-o-psd-socrates-e-nao-crise.html
Carlos
Cometi a proeza, por razões que não vêm ao caso, de ter conhecido na mesma cadeira os professores Diogo Freitas do Amaral e Marcelo Rebelo de Sousa. Uma coisa é ouvir uma orquestra sinfónica, outra é ouvir a Banda da Carris. A partitura é a mesma. A diferença está nos executantes.
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