terça-feira, março 17, 2009

Leituras

• Felipe González, Crisis global y respuestas:
    “Da la impresión de que Estados Unidos afronta la crisis como una emergencia nacional y global y moviliza todas las energías disponibles, en tanto que la Unión Europea actúa en orden disperso y sin la sensación de apremio y gravedad extrema con la que se percibe del otro lado del Atlántico.

    La crisis financiera es global y sistémica aunque arranca en Estados Unidos. La resistencia a creer en las características globales e interdependientes del sistema nos condujo al error de contemplar la epidemia de las hipotecas basura y los derivados que se desató en ese país como enfermedad de ellos que no iba a convertirse en pandemia financiera global.”
• Pedro Adão e Silva, Paradoxos sindicais:
    “A manifestação da CGTP é um exemplo paradigmático: não dependeu de convocação de greves, nem assentou em reivindicações do tipo laboral. A resolução que convocava a manifestação apontava para um "mudar de rumo: mais emprego, salários e direitos". Um programa político que, ao mesmo tempo que implica uma mudança radical, não passa de um enunciar vago de princípios. Aliás, no que é mais um paradoxo, a CGTP tem revelado uma capacidade de mobilização superior em torno de programas políticos amplos do que quando o faz em torno de reivindicações concretas. Basta recordar que quer a nova lei de bases da segurança social, quer o novo código do trabalho, foram muito criticados pela CGTP mas não foram alvo de manifestações populares tão intensas.

    Este tipo de afirmação do movimento sindical é arriscado. Ao mesmo tempo que desvaloriza o papel dos sindicatos na defesa concreta dos direitos laborais, politiza a sua acção a níveis que, aumentando a sua capacidade de mobilização, circunscrevem-na a uma base de recrutamento estanque. Independentemente do número de manifestantes que esteve presente em Lisboa, a politização da mobilização sindical restringe este movimento a uma contestação de base política, com efeitos perversos para a afirmação sindical.”

1 comentário :

Anónimo disse...

Não há duvidas, este Sr. é o melhor analista politica cá do burgo.