sexta-feira, agosto 07, 2009

O (des)emprego explicado às criancinhas recalcitrantes

Daniel Amaral escreve sobre O emprego:
    No programa para as legislativas que viria a ganhar, o PS fixou como objectivo criar 150 mil novos empregos.

    Entre Março de 2005 e Junho de 2008, foram criados 134 mil, numa trajectória que, a manter-se, elevaria aquele número para 165 mil em 4 anos. Mas sobreveio uma crise do tamanho do mundo e o emprego foi por água abaixo. Leitura das oposições, do CDS ao PCP: Sócrates é mentiroso e o Governo é incompetente. Eis um exemplo paradigmático do grau zero a que o debate chegou.

    (…)

    Olhando para o fenómeno através do desemprego, e comparando Portugal com a zona euro, as conclusões são semelhantes. Até 2007, a nossa taxa foi mais baixa do que a média europeia. Em 2008, quando a crise explodiu, a Europa estabilizou enquanto nós melhorámos. E, já em 2009, com todas as economias de rastos, o nosso desemprego continua mais baixo do que o dos nossos parceiros europeus. A gestão da economia não está a ser racional.

    (…)

    Entendamo-nos: o emprego depende do crescimento económico. Não há outra saída. Por isso defendi nesta coluna um plano sustentado por três pilares: a poupança, o investimento e as exportações. Pois bem, que dizem sobre o assunto os partidos políticos? O CDS defende a baixa de impostos, o PCP o aumento de salários e de pensões e o BE a proibição de despedimentos. O PSD, como de costume, não diz nada.Está tudo dito.

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