- ‘Muro/20 anos
O mundo está mais injusto, mais desigual e mais perigoso, diz PCP
2009-11-04, 08h30
Lisboa, 04 Nov (Lusa) - O Partido Comunista Português (PCP) considera que 20 anos após a queda do Muro de Berlim "o mundo está hoje mais injusto, mais desigual, mais perigoso e menos democrático" e que aumentou a "opressão e exploração dos povos".
"As 'comemorações de regime' a que assistimos - com o seu carácter profundamente anti-comunista - são uma operação de reescrita da história e de branqueamento do capitalismo", critica o PCP numa nota enviada à Lusa a propósito dos 20 anos da queda do Muro de Berlim.
"Contrariando o comemorativismo e o triunfalismo que o capitalismo quer impor à humanidade a propósito da 'queda do muro de Berlim', a verdade é que o mundo está hoje mais injusto, mais desigual, mais perigoso e menos democrático", aponta o texto do gabinete de imprensa do PCP.
Para os comunistas, "intensifica-se a opressão e a exploração dos povos - a começar por muitos dos ex-países socialistas, com a regressão de direitos laborais, a privatização de funções do Estado, com a ofensiva contra direitos e liberdades historicamente alcançados".
A pobreza, a emigração em massa e a fome marcam a vida de milhões de seres humanos, "enquanto uma pequena minoria acumula fortunas colossais", prossegue o texto.
"Centenas de milhar de mortos e milhões de feridos, desalojados e refugiados - do Iraque ao Líbano e aos Balcãs, do Afeganistão à Palestina - são o saldo da cruzada de guerra, a que se associa uma nova corrida aos armamentos e o recrudescimento do militarismo, que ilustram bem a natureza agressiva e criminosa do imperalismo", aponta o PCP.
"Esta é a verdadeira face destes '20 anos' que as classes dominantes celebram hoje com entusiasmo", conclui.
Para o PCP, "em Portugal e no mundo, se há coisa que estes 20 anos confirmam é que o capitalismo não só é incapaz de resolver os grandes problemas da humanidade e do planeta, como é o principal factor do seu agravamento".
A solução dos problemas da humanidade "não está nas contra-revoluções que há 20 anos varreram o Leste europeu", considera o PCP, manifestando-se fiel aos ideais da "grande Revolução de Outubro" de 1917.’
1 comentário :
Congelados no Grande Frigorífico de 1917, o PCP é hoje uma "relíquia" portuguesa em vias de extinção, cujo lugar próprio sería o Museu de Antiguidades.
Incapazes de renovarem o seu ideário, incapazes de reconhecer o seu inimigo verdadeiro (mesmo quando por ele é ameaçado de morte como recentemente Alberto João Jardim tratou de confirmar), almejam por uma Revolução que se assemelhe mais a um ajuste de contas com o 25 de Abril, no qual sonhavam tomar o poder e fazer de Portugal uma espécie de "Cuba Europeia".
Frustrado e caído no lajedo o sonho, debitam estretores repassados e almejam o 1917. Depois virá o seu Lenine e tudo culminará num novo e grandioso Estaline.
E então Jerónimo fazer-se-á ouvir: "Nós somos o Socialismo Real!".
E foi bem real esse socialismo Jerónimo, bem real! Que o digam os milhões de perseguidos e mortos por essa Mãe-Rússia, que o digam os países emparelhadas à força pela União Soviética..a fome e a pobreza..os campos de concentração e a corrupção na sociedade sem classes que nunca chegou a existir. O Partido Único e o Totalitarismo como resultado do Comunismo.
A Queda do Muro de Berlim é a queda e a falência de uma doutrina - o Comunismo.
Nenhum sistema é perfeito mas à Ditadura prefiro a Democracia, ao Comunismo em contraponto com o Capitalismo prefiro o meio termo que pode ser obtido com o Socialismo Democrático, o mais próximo das raízes Humanistas e da Ética Cristã e menos injusto de todos quando é bem aplicado.
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