terça-feira, março 30, 2010

Tridente & Arpão: ainda diz Louçã que não houve contrapartidas


Spiegel Online:
    Corruption Investigation: Germany's Ferrostaal Suspected of Organizing Bribes for Other Firms

    (…)

    The current internal corruption scandal at Ferrostaal revolves around the delivery of two Type 209 submarines to Portugal. Ferrostaal, which had bid against submarine builder HDW and shipbuilder Thyssen Nordseewerke, won the €880 million contract in November 2003 -- with the help of bribes and a number of phony consulting contracts.

    According to the investigators' files, a Portuguese honorary consul approached one of the Ferrostaal board members in 1999. The man allegedly said that he could be helpful in the initiation of the submarine deal. According to the files, the honorary diplomat demonstrated his influence by setting up a direct meeting in the summer of 2002 with then Prime Minister José Manuel Barroso.

    The Ferrostaal executives in Essen were apparently so impressed that they signed a consulting agreement with the honorary consul in January 2003, in return for his "constructive assistance." Under the agreement, the Portuguese diplomat was to be paid 0.3 percent of the total contract volume if the deal went through.

    The consul ended up collecting roughly €1.6 million, which the investigators see as a clear violation of his duties as a diplomat.

    But it appears that Ferrostaal did not rely solely on its advisor's good connections to bring about the submarine deal. It is believed that a consulting agreement was concluded between Ferrostaal and a partner, on the one hand, and a rear admiral in the Portuguese navy, on the other. The deal, most recently, was worth €1 million.

    A Portuguese law firm is also believed to have played a role in ensuring that that the contract was awarded to Ferrostaal, and that plenty of bribe money was paid in return.

    Prosecutors have already identified more than a dozen suspicious brokerage and consulting agreements related to the submarine deal. According to the investigation files, all of these agreements were designed "to obfuscate the money trails," so as to pass on payments "to decision-makers in the Portuguese government, ministries or navy."

    It appears that, in the end, Ferrostaal paid so many consulting fees that not much was left in the form of profits from the submarine deal.

5 comentários :

MFerrer disse...

Oh da guarda!

Anónimo disse...

Ponto 1: raramente, muito raramente, consigo estar de acordo com algo que aqui escrevam.
Ponto 2: Não digo que fujo de Sócrates e do PS como diabo da cruz porque seria preciso acreditar no diabo.
Posto isto: é bom que tenham descoberto este artigo, mesmo que o utilizem como arma de arremesso contra quem passa a vida a invocar o "caso Freeport". Eu nâo sei se alguém recebeu "luvas" pelo Freeport e custa-me a crer que Sócrates tivesse sujado as mãos dessa forma. Mas, é forçoso dizê-lo, o "caso dos submarinos" sempre cheirou a esturro.
E cheirou e cheira porque, como é sabido, os negócios internacionais que envolvem grandes compras de armamentos deixam sempre grandes suspeitas (desde o "caso Lockheed", lembram-se?).
Ora bem, sendo a "Spiegel" insuspeita de apoiar este Governo, conviria saber:
-- quem era o tal cônsul?
-- que outra gente é referida pelos investigadores?
-- que têm Portas, Barroso et alia a dizer sobre isto?
-- irá o PS pedir que uma comissão parlamentar investigue este negócio?
David

Anónimo disse...

A revista alemã “Der Spiegel” escreveu o seguinte texto aqui transcrito a que acrescentei a respectiva tradução para português:

Ferrostaal soll auch für andere Firmen Schmiergeld- Geschäfte organisiert haben
Der unter Korruptionsverdacht stehende Ferrostaal-Konzern hat offenbar nicht nur selber jahrelang Schmiergelder bezahlt, sondern vermutlich auch für andere Unternehmen die Zahlung von Bestechungsgeldern organisiert.
Im Zentrum des aktuellen Schmiergeldskandals steht jedoch die Lieferung zweier U-Boote an Portugal. Ferrostaal, das zusammen mit HDW und den Thyssen Nordseewerken geboten hatte, gewann im November 2003 den 880-Millionen-Euro-Auftrag. In den Akten der Ermittler heißt es, dass ein portugiesischer Honorarkonsul bei der Anbahnung des U-Boot Geschäfts behilflich war. Der Nebenjob-Diplomat habe im Sommer 2002 sogar ein direktes Gespräch zwischen einem Ferrostaal Vorstand und dem damaligen portugiesischen Premierminister José Manuel Barroso vermittelt. Insgesamt soll der Honorarkonsul für seine "zielführende Assistenz" letztlich gut 1,6 Millionen Euro kassiert haben. Die Münchner Staatsanwälte stießen bei dem Geschäft auf mehr als ein Dutzend verdächtige Vermittlungs- und Beraterverträge. Sie alle sollen, so steht es in den Ermittlungsakten, "zur Verschleierung von Zahlungswegen" gedient haben, um diese "an Entscheidungsträger der Regierung, der Ministerien oder der Marine Portugals als Bestechungsgelder" weiterzugeben. Ferrostaal will sich wegen der laufenden Ermittlungen zu den Vorwürfen nicht äußern.
Tradução:
O Grupo Ferrostaal, que está sob a suspeita de corrupção, não só pagou durante anos luvas como terá organizado o pagamento de dinheiros corruptos de outras empresas.

Depois de referir o caso da marinha colombiana que não nos interessa, revela o “Der Spiegel”: No centro do escândalo do pagamento de dinheiros corruptos está o fornecimento de dois submarinos a Portugal. A proposta da Ferrostaal em conjunto com a HDW e a Thyssen Nordseewerke ganhou em Novembro de 2003 o contrato no valor de 880 milhões de euros. Nas actas dos investigadores judiciais está dito que um cônsul honorário colaborou na execução do negócio. O diplomata em tempo parcial organizou um encontro entre um administrador da Ferrostaal e o então primeiro ministro José Manuel Barroso. No total, o cônsul honorário recebeu pela sua “assistência objectiva” 1,6 milhões de euros. A Procuradoria de Justiça de Munique encontrou mais de uma dúzia de contratos de mediação e consultadoria que se destinavam a disfarçar o pagamento de luvas a “decisores do Governo, dos Ministérios e da Marinha de Portugal”. Ferrostaal recusa-se a fazer qualquer declaração devido às investigações em curso.

Anónimo disse...

O Publico ainda não descobriu esta noticia...ou estará à espera de conselho do LIMA

etarra disse...

e já agora "o sol". o arquitecto deve andar distraído.