terça-feira, abril 06, 2010

Contrapartidas decididas numa noite de nevoeiro



1. Não, essa não é a questão mais relevante. Pedro Brandão Rodrigues, actual deputado do CDS-PP e presidente da Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC) aquando da assinatura dos contratos de aquisição dos submarinos e das contrapartidas, garante que não houve alterações dos projectos de contrapartidas feitas durante a noite de 20 de Abril de 2004. Foi tudo acertado à luz do dia, diz ele.

Pode ser que assim tenha acontecido. O problema é que, tenham sido redigidos à luz do dia ou da vela, “os dossiês da CPC do tempo de Brandão Rodrigues desapareceram”.

2. Um outro aspecto que o deputado Pedro Brandão Rodrigues não explica é por que as encomendas previstas para a Lisnave foram desviadas para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

Considerando que ambas as empresas estavam em situação económica muito difícil, o motivo terá sido outro. Talvez ferido por ter perdido o deputado por Viana do Castelo (o deputado limiano) nas eleições de 2002, o CDS-PP tratou de fazer o trabalho de formiguinha para recuperar o deputado perdido — o que conseguiu em 2005.

A questão é saber se é lícito Paulo Portas utilizar o poder de decisão para fins eleitorais.

3. Mas as histórias em torno das contrapartidas têm aspectos ainda mais curiosos. Há quem diga que as contrapartidas eram só “para inglês (?) ver”, uma vez que foram contabilizados como “contrapartidas” negócios em que o consórcio alemão não interveio.

1 comentário :

Fastio disse...



Ó arrastadeira carunchosa e paneleira, então entre 2003 e 2005 afinal também houve roubalheira e trapaceiros, ao mais "alto" nível? Esfrega aqui o focinho, miserável, cão danado!