segunda-feira, julho 19, 2010

O novo endereço do Povo Livre



Qualquer um é capaz de imaginar a cena. António Nogueira Leite liga para Eva Cabral¹ e soletra, com aquela souplesse que se lhe reconhece, o que quer que a jornalista escreva. Esta, sem entender patavina da matéria, faz um “artigo” à bruta: o que Nogueira Leite diz aparece sem aspas em título, várias outras considerações do ajudante de Passos Coelho são alegremente assumidas pela jornalista. Da leitura do “artigo” fica uma certeza: Nogueira Leite (e o PSD) está em pânico porque a execução orçamental está a correr melhor do que o previsto.

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¹ Tendo Rudolfo Rebêlo transitado para assessor de Passos Coelho, agora é Eva Cabral que escreve “artigos” de “economia” no DN. Ora, se já Rebêlo tinha manifestas dificuldades em dominar as noções básicas da economia, os meandros das finanças públicas são para a jornalista um mistério dos diabos.

2 comentários :

os pulhas disse...

Os pulhas estão infiltrados em todo o lado. Temos que lhe marcar o terreno e não deixa-los por o pé em ramo verde. Fogacho sob... essa escumalha da sociedade.

PedroM disse...

Na comunicação social em Portugal a côr da neutralidade é o laranja...

Este não foi o primeiro caso, nem será certamente o último, em que um jornalista "neutro", entenda-se supostamente sem partido ou tendência partidária, sai do armário é vai-se a ver, afinal... é laranjinha!...
O caso do "artista" da Lusa, agora assessor de imprensa de Passos "a Fraude" Coelho, é em tudo idêntico.

Não é que os jornalistas não possam manifestar simpatias partidárias, nada disso, está no seu pleno direito fazê-lo... o que já não posso concordar é que pretendam passar uma imagem de neutralidade e de puro profissionalismo, quando isso não corresponde ao seu posicionamento político.
O "artista" da Lusa, por exemplo, antes de sair do armário e assumir-se como laranjinha, apareceu dezenas de vezes em diversos canais de TV comentando as mais variadas questões políticas, na qualidade de jornalista neutro, sem simpatias partidárias assumidas. Nunca os telespectadores foram informados do possível inviesamento dos seus comentários, dadas as suas simpatias partidárias.

Com o tempo e se as condições lhes sorrirem veremos a quantidade de jornalistas "neutros côr-de-laranja" que por aí andam. A avaliar pelo panorama da comunicação social, até se devem atrapalhar uns aos outros nas redacções.