- • A.R., O medo da justiça:
‘O que escreveu Pedro Adão e Silva, ontem, no Expresso, é inquietante. O medo da justiça já não é apenas a incerteza do direito: rumou para a desconfiança dos factos. Esta desconfiança traduz o que há de mais doentio numa sociedade. Quando se deixa transparecer que a convicção é um palpite, um acho de que, ou um pressentimento, perde-se o sentido da compreensão objectiva da decisão. Ao longo da história da justiça, valorizou-se o direito em detrimento dos factos. Não é sem razão que o Centro de Estudos Judiciários é uma escola da sapiência do direito e não da ponderação dos factos.’
• Estrela Serrano, Algumas evidências sobre a informação da RTP:
‘As posições públicas do provedor e da administração da RTP (acesso via jornal i), e o comunicado da ERC, reprovando o protagonismo dado pela estação pública a Carlos Cruz, vieram revelar algumas coisas importantes que, no calor da discussão, acabam por passar despercebidas:
Em primeiro lugar, ao contrário do que tantas vezes se afirma, a Direcção de Informação (DI) da RTP possui total independência e liberdade editorial face à administração da empresa, o que, aliás, está de acordo com a lei e há-de considerar-se positivo, ainda que, como no presente caso, tenha usado mal essa liberdade editorial;
Em segundo lugar, sem interferir na liberdade editorial da DI nem recear acusações de “censura”, que no passado foram algumas vezes dirigidas, de dentro e de fora da empresa, a outras administrações, o actual Conselho de Administração assumiu publicamente a sua discordância e chamou a atenção do Director para as responsabilidades que a lei impõe ao serviço público (…)’.
• f., falar verdade:
‘(…) parece que anda tudo muito alvoroçado com aquilo que está a ser considerado 'ataques ao presidente' -- a dirigente socialista diz que o presidente 'nunca perdeu uma oportunidade para dificultar, aberta ou dissimuladamente, a acção do governo' e refere-se ao caso das escutas de belém ('Durante o seu mandato, foram frequentes as quezílias, intrigas e até campanhas, dirigidas por assessores da sua confiança, destinadas a atingir a idoneidade do governo e do primeiro-ministro').
o alvoroço que as naturais críticas de uma apoiante de uma candidatura concorrente à do presidente causam nos media e comentadores só se poderia explicar com a falta de assunto (não é caso, já que assuntos é coisa que não falta) ou com uma noção majestática e intocável da função presidencial, que de resto o actual presidente se esforçou por cultivar -- a ideia de que o que está ali não é um político como os outros, que faz política como os outros e que procura levar a água ao seu moinho como os outros (indo aliás muito mais longe do que alguma vez se verificou nesse desiderato, com o famigerado caso das escutas, ao escrutínio do qual logrou furtar-se até agora devido precisamente à intocabilidade com que se encontra bafejado) (…).’
• Valupi, É impressão minha ou…:
‘(…) É impressão minha ou o DN não poderá, sob pena de ficar igual ao Sol e ao Correio da Manhã, continuar em silêncio num episódio a que deu a sua chancela sem validar as informações publicadas, tornando-se ainda mais responsável do que o próprio jornalista? Se Duarte Levy tem razão, façam o favor de publicar os restantes documentos que o senhor alega ter em seu poder. Se não tem razão, afirmem-no inequívoca e urgentemente.’
• Ana Catarina Santos, CDS de mentol
• A.R., A fundamentação
• Filipe Nunes Vicente, A LINHA MAGINOT COM PERNAS
• Irene Pimentel, Salazar democrata-cristão?
• Miguel Carvalho, Trabalhadores portugueses recebem a oitava maior fatia da riqueza criada
• Valupi, Nozes e escorbúticos
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