António Martins é sindicalista, mas é também juiz desembargador. Significa isto que, nos intervalos da actividade sindical, ele julga (ou pode julgar), podendo vir parar às suas mãos processos que envolvam governantes ou militantes do PS. O ódio que demonstrou ao Governo e ao PS não será um aconselhável cartão de visitas: “Não está em causa o direito de Martins, enquanto dirigente sindical ou mero juiz, protestar contra a diminuição do seu pecúlio; mas as acusações que faz ao Governo são do mesmo teor difamatório e injurioso que as que, a propósito da sua actividade como juiz, garantissem ser a sua obsessão com o PS e o Governo tal que não hesitaria em, caso a ocasião se lhe deparasse em tribunal, decidir contra tudo o que lhe cheirasse a um ou outro.”
Felizmente, começam a surgir declarações de dentro da magistratura judicial a condenar as inqualificáveis palavras do juiz-sindicalista: ontem, o Juiz Desembargador Rui Rangel no Correio da Manha; hoje, o Conselho Superior da Magistratura.
Mas a reacção mais veemente vem da própria Direcção Nacional da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, com os pedidos de renúncia de dois juízes: a vice-presidente Fátima Mata-Mouros e o vogal Luís Miguel Martins.
13 comentários :
Ainda estou à espera de uma intervenção de Cavaco Silva sobre estas declarações indignas de um alto magistrado da Justiça, provavelmente as declarações mais aberrantes que se ouviram desde o 25 de bril por parte de um juíz que esfola aos contribuintes, todo o santo mês, nem é bom dizer..
Perante as declarações do Senhor Juiz Martins, que se encontram no âmbito da não justiça, fico perplexo com o silêncio do Senhor Ministro da Justiça. Se é assim que se quer a paz judiciária, então é melhor não a ter.
Nem mais nem menos, "juizinhos" destes não fazem falta em democracia, exportem estes caluniadores para o pasquistão, aí tem futuro.
E assim vai o Sindicalismo em Portugal!!!! Viram, por acaso,algum comunicado das Organizações sindicais a criticar estas declarações? Nada.Fui sindicalizado durante 40 anos.Nunca vi uma coisa assim!!!Que credibilidade merecem?!!!! Uma vergonha!!!!!!!!!!!!!!!!!
Eu pensava que os juizes estavam acima de qualquer suspeita...Enganei-me.. Os Martins e Palmas,vieram nos mostrar que alguns.. são mais suspeitos que os outros... É mau para a justiça,que homens e mulheres honrados e competentes,e ainda sócios, daquele DELIRANTE Sindicato,continuem a assobiar para o ar, como se tudo fosse bem, no reino da Dinamarca...
E com os aldrabões que nos governam, ninguém aqui fica perplexo?
Agora só falta mesmo o ex. ministro finanças Pina Moura do governo Antonio Guterez pedir a feliação no psd, este mesmo que foi acusado de controlar uma empresa audio visual de exercer uma asfixia democratica nos médias para beneficiar o Partido Socialista. Esta direita é mesmo TRAULITEIRA
Os "aldrabões que governam" ainda ha menos de um ano, foram submetidos a uma moção de censura, e eleições.. foi o que se viu... mesmo com TVIs e Freeport a fazer campanha de esclarecimento... pela direita e extrema esquerda...A Europa, a nivel de instituições e governos de paises,é comandada pela direita, por favor, peçam-lhes a receita..para melhorarmos a nossa situação...
Miguel, a renúncia dos dois juízes não tem nada a ver com esta questão e já tinha sido pedida muito tempo antes. Um, foi nomeado juiz secretário do CSM e isso seria incompatível com a sua permanência na direcção da ASJP e a outra pediu uma licença para concluir a tese de doutoramento. Nada de processos de intenções, que não lhe fica bem, Miguel. Se não sabe, não invente.
Caro leitor (Sáb Out 23, 05:11:00 PM):
No jornal i de 20 de Outubro de 2010, escreve-se: «Fátima Mata-Mouros não esconde que, se ainda não tivesse renunciado, “seria agora de certeza”. Porque os motivos prendem-se “com a linha de intervenção pública” que a associação tem tido.»
Portanto, apenas levei em consideração da própria magistrada.
Errata:
Portanto, apenas levei em consideração as palavras da própria magistrada.
O António Martins foi longe demais e um juiz digno desse nome não pode falar assim.
Desde quando uma entidade sombria como a magistratura tem sindicato, só lá está para fazer campanha como nos anos sombrios em Itália, que tanto se mexeram que derrubaram governos e foram poder tal como cá, querem ser eles a governar e a governar-se, pois acham não todos felizmente, que por usarem saias como o clero são portadores da verdade e da divindade.
Enviar um comentário