- ‘Com um sorriso nos lábios - que às vezes até parece de gozo, tal é o caricato e o absurdo das situações -, Cavaco vai lançando farpas ao Governo, em alternativa a comer queixadas. A deriva demagógica permitiu já que deixasse usar a sua campanha por manifestações de professores do ensino privado, em protesto contra uma lei que ele mesmo, na qualidade de Presidente, tinha promulgado, publicitando então que a negociara com o Governo e levara o executivo de Sócrates a alterá-la. Afirmando até aos representantes dos professores que o problema da lei era a rápida regulamentação, claro, da responsabilidade exclusiva do Governo. E, num arrombo de sibilina solidariedade para com os movimentos anti-Sócrates, juntou-se a um grupo de agricultores para defender os interesses destes e bramir aos ventos que é necessário salvaguardar a agricultura.
Como disse no início, se calhar o meu problema em relação a esta campanha tem a ver com a idade. Isto de meio século de vida não perdoa e, às vezes, parece-me que ando um bocado esquecida. Mas quem foi mesmo o primeiro-ministro que negociou com a então Comunidade Económica Europeia o suicídio da agricultura portuguesa, a perda das quotas de produção de tomate, o pagamento de verbas para abater oliveiras, vinhas e pomares, sob o argumento que os outros países europeus produziam mais barato e que era melhor comprarmos lá fora?’
3 comentários :
http://www.ionline.pt/conteudo/98666-renato-tinha-sido-escolhido-mandatario-cavaco-em-cantanhede
ora ora apelar à agricultura sem agricultores
ganhará porque veêm nele tal como em Eanes em tempos um referencial de estabilidade num país em crise
e o voto do norte e do funcionalismo reformado ou semi-dormente decide eleições
só não ganha na primeira
com uma catástrofe climatérica e temperaturas muy baixas
o país mudou muito nestes anos do XXI
principalmente nestes 4
perdeu a fé
ganhou o medo
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