quarta-feira, março 16, 2011

Ir ao pote: a confissão



No blogue em que está armazenado o espólio da malograda Dr.ª Manuela, já se congeminou uma engenhoca para ir ao pote — sem assumir que a direita teria de aplicar um programa de austeridade. Pontapés na gramática à parte, escreve um deles:
    ‘(…) A apresentação do PEC é da competência do Governo e nada obriga que seja objecto de uma resolução na AR. Ou seja, a questão é política e é politicamente que deve ser resolvida.
    Perante o anúncio do Primeiro Ministro de que se demite caso uma resolução sobre o PEC não seja aprovada, e atendendo às posições já assumidas pelos partidos, o Presidente da Républica deve, desde já, dissolver o Parlamento, não permitindo que o PEC seja sequer objecto de uma resolução do Parlamento, desnecessária aliás do ponto de vista jurídico.
    A dissolução do parlamento não afecta a viabilidade jurídica do PEC mas evitaria que uma resolução de rejeição fosse instrumentalizada.
    (…) Dissolvido o parlamento e marcadas eleições para Maio, o PEC manterá a sua validade e o novo Governo terá tempo de o alterar ou confirmar.(…)”
Moral da história: a gente mete-se num avião e vai buscar o FMI ao fim do mundo se for preciso, mas façam as coisas de modo a podermo-nos lambuzar no pote.

4 comentários :

Anónimo disse...

Não está a ver bem: eles querem o PEC porque nos livramos do FMI, mas não o querem aprovar no Parlamento. Querem que este novo PEC entre em vigor, mas que haja eleições de qualquer maneira para poderem ir ao dito pote sem serem acusados de trazerem o FMI.

Unknown disse...

Os outros (PPD) até nem parecem muito ansiosos para ir ao pote (senão não tinha havido PEC II, Orçamento, etc.), mas tu, "tá na cara", não estás nada preocupado em ficar sem ele (pote)... Pois!

Anónimo disse...

Eles sabem que se forem para lá agora terão de tomar medidas piores e dentro de 2 anos veremos...

Anónimo disse...

Quanto é que o outro abichou com o bpn? E a filha?