quinta-feira, março 10, 2011

O desemprego jovem no mundo desenvolvido

É sempre assim: quando há crises, o desemprego jovem, que é sempre mais elevado que o dos mais velhos, explode. O recente relatório da OCDE Jobs for a Good Start? Jobs for Youth, mostra o impacto da crise de 2008-2009 – aquela que Cavaco Silva se esqueceu de evocar no seu discurso – sobre o desemprego dos jovens entre os 15 e os 29 anos no universo dos países que integram a organização.

O quadro mostra a data em que se atingiu o valor máximo do indicador no último quarto de século (isto é, desde 1985). Não só um largo conjunto de países apresentavam, no segundo trimestre de 2010, um nível de desemprego superior a Portugal (e segundo o Eurostat, são os mesmos no final do ano: Espanha, Eslováquia, Grécia, Suécia, Irlanda, Itália, Finlândia, Hungria, Polónia, França, Islândia e Bélgica), como para vários, 2009 representa o ano em que foi atingido o valor máximo do desemprego jovem: a par de Portugal, os EUA, o Japão, a Suécia, a Hungria, a Islândia e a Irlanda.




Isto não significa que não existe um problema que deva preocupar os países e os representantes políticos. Significa que quando se evoca o desemprego jovem, que é um dos problemas com que a esmagadora maioria dos países desenvolvidos se confronta hoje (e continuará a confrontar nos próximos anos), se deve tratar o problema com pinças e evitar transformá-lo numa “causa”, como se da união da indignação com um megafone nascessem soluções de que ainda ninguém se tinha lembrado. Se o problema tivesse solução fácil e óbvia, o quadro ali em cima não devia pura e simplesmente existir.
    Contributo do Pedro T.

1 comentário :

o pulha mor disse...

O pulha sabendo que no seu tempo o desemprego foi superior do que o atual, sonega de forma viciada essa informação, porque lhe dizia respeito.É uma sacanice e quem tem esse tipo de comportamento é um sacana.