- ‘Depois do ano da grande recessão, o de 2009, seguiu-se - sabemo-lo agora - o ano das múltiplas coisas extraordinárias. A transferência de três fundos de pensões da PT rendeu a "receita extraordinária" para os cofres do Estado de 2900 milhões de euros. Em contrapartida, foi preciso inscrever no exercício orçamental de 2010 os mil milhões que nos custaram dois lindos submarinos; os 1800 milhões do BPN e mais 450 milhões do BPP, as contas obrigatórias daquilo a que vulgarmente se vem chamando os buracos daqueles dois bancos saqueados; e ainda mais cerca de 800 milhões de perdas de três empresas de transportes detidas pelo Estado. O saldo está à vista, as "despesas extraordinárias" excedem em 1150 milhões (0,7 pontos percentuais do PIB) as receitas do mesmo tipo (…).’
sexta-feira, abril 01, 2011
As despesas extraordinárias de 2010
• António Perez Metelo, Ano das coisas extraordinárias:
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1 comentário :
Algo que nunca vi esclarecido são os custos induzidos pela não intervenção no BPP e no BPN. Nomeadamente quando sabemos que a CCCAM e as CCAMs estavam em risco se o BPP caísse, e com isso a confiança das poupanças mais rurais, e que se o BPN caísse a transfega de fundos do Banif, do Finibanco e do Montepio para a CGD seria avassaladora. Também o BES e o BPI sofreriam. Eu era gestor de fundos e tesouraria à data, e lembro-me da aflição dos bancos pequenos devido à escassez de funding.
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