segunda-feira, setembro 26, 2011

Sempre com o Passos trocado na parada




Paulo Portas disse: “Como português estou interessado na ideia dos ‘eurobonds', se fosse alemão teria algumas dúvidas, mas como europeus temos de fazer um esforço de aproximação”.

Ora Passos Coelho parecia pensar como português — “'eurobonds' para combater agências de rating” — até ao dia em que a Sr.ª Merkel o convocou para uma reunião. Não querendo arreliar a senhora em causa, o primeiro-ministro português (ou lá o que ele é) veio de Berlim a pensar “à alemão”: “Acompanho em grande medida aquilo que disse a senhora Merkel. Não podemos olhar para um princípio de obrigações europeias como uma forma de resolvermos os problemas que temos agora de excesso de divida”.

Isolado no seu próprio país, um desorientado Passos Coelho descobre que é preciso reparar o erro colossal cometido: já não quer dar um passo em frente (que seria a criação dos eurobonds); agora, quer dar dois passos em frente, com a adopção de “mecanismos mais duradouros e solidários”.

No meio desta desorientação generalizada, não admira que o nosso Moedas tenha ido à Assembleia da República confessar que sobre estas questões — designadamente a criação de eurobonds — o Estado português não tem uma “posição oficial”. Antes pelo contrário, como se observa.

1 comentário :

james disse...

De facto, temos um Primeiro Ministro fraco, hesitante, oco e sem qualquer preparação e estofo para desempenhar o cargo que exerce.

Com um discurso vazio e ziguezagueante, mostra que não tem qualquer ideia e revela uma impreparação a toda a prova.

Sempre que comete qualquer gafe e são permanentes, acaba, posteriormente, por alterar o seu discurso socorrendo-se de eufemismos ou então pela enunciação de conceitos vagos e indeterminados.

Passos Coelho não destoa dos demais dirigentes europeus e do líder da oposição.

Nunca a Europa teve dirigentes tão medíocres como os que ocupam presentemente o "plateau" das cenas domésticas e comunitárias.

Estão bem uns para os outros...