- ‘O novo governo espanhol, eleito ontem, pede aos mercados que lhe concedam "ao menos meia hora" para dar início à austeridade com que espera tornar o país mais competitivo, diminuindo as suas importações e aumentando as suas exportações. Mas há um problema: o principal destino para as exportações espanholas é a França, cujo governo quer importar menos. E o terceiro destino das exportações espanholas é Portugal, cujo governo quer, além de "empobrecer o país", importar menos e exportar mais. Ora, o primeiro destino das exportações portuguesas é Espanha, cujo governo quer importar menos e exportar mais. Expliquem-me como é suposto que isto dê resultado.
(…)
Ambos os países [Itália e Espanha] estão com a corda na garganta, o primeiro já sufocando, o segundo capaz de respirar por mais um pouco. O BCE é como alguém que, vendo um enforcado, se dispõe de vez em quando a segurá-lo pelas pernas mas se recusa a desatar-lhe o nó da corda.’
1 comentário :
É um facto que as coisas assim não podem continuar mas só no dia em que a própria divida alemã for posta em causa pelos mercados ( devido ás ligações colaterais que tem com toda a economia europeia) é que veremos o BCE mexer-se e a uma velocidade mais rápida do que a da própria luz.
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