- ‘(…) Mas constatar este pequeno sucesso [cumprimento do memorando da troika] não significa que se acredite na visão de Vítor Gaspar ou na receita da austeridade extrema. Portugal vai registar este ano uma queda mais grave do produto do que se esperava, uma subida mais acentuada do desemprego e, pior ainda, tem pela frente uma árdua tarefa para ganhar competitividade externa. Bem se sabe que o ajustamento que se impõe seria sempre doloroso (Mario Monti diz-nos hoje que não há receitas imediatas para o crescimento), mas também há razões para se suspeitar que as exigências punitivas da troika, em termos de metas e de meios, podem levar Portugal ao beco sem saída. O Governo tem feito neste processo o papel do aluno diligente que nunca falha um TPC e os resultados positivos dessa perseverança, ou dessa humilde obediência, são uma vitória. Mas uma vitória que pode ser uma vitória de Pirro. Ao fim de quase um ano de troika o país está pior do que o previsto e, mais grave ainda, não se vislumbram ao fundo do túnel nem expectativas de crescimento, nem sequer o regresso aos mercados financeiros. Quando se faz bem uma coisa má, não se está a fazer bem (…).’
quarta-feira, fevereiro 29, 2012
“Quando se faz bem uma coisa má, não se está a fazer bem”
• Editorial de hoje do Público:
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2 comentários :
O(a) editorialista do público "passou-se" ?
Não sei se o fulano do Público se terá passado, mas a porcaria que os estarolas fazem é tanta e tão grande o mal que estão a fazer ao país, que muita gente que ainda há bem pouco os endeuzava começa a dar o flanco. E vão ser mais, muitos mais, é só uma questão de tempo, é só deixá-los pousar...
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