quarta-feira, outubro 24, 2012

“Quando este Orçamento falhar, porque vai falhar, o Sr. Ministro prepara-se para espatifar o Estado Social e lançar o país numa depressão económica, social e política? É isso que vai dizer aos portugueses daqui a três meses quando lidar com a primeira consequência do falhanço desta loucura?”

João Galamba interveio hoje duas vezes na audição do ministro das Finanças na Comissão de Orçamento e Finanças:



Na primeira intervenção, realça o seguinte:
    • A estratégia de “ir além da troika resultou nesta linda brincadeira — o Governo usou 10 mil milhões de euros de austeridade para conseguir uma consolidação orçamental inferior a 1% do PIB;
    • A redução do défice externo não é estrutural, sob pena de, em caso contrário, o Governo ter de explicar aos portugueses que a queda do consumo, o empobrecimento e o desemprego galopante são também estruturais, ou seja, definitivos;
    • As previsões fantasiosas do Orçamento do Estado para 2013;
    • A flexibilização do prazo do “ajustamento” não foi para atenuar a austeridade, mas para acomodar o fracasso da política de Vítor Gaspar;
    • As duas incompatibilidades da estratégia do Governo: a primeira, a redução acelerada do défice externo (através do empobrecimento) provoca um aumento brutal do buraco orçamental; a segunda, a queda do PIB agrava o endividamento do Estado, das famílias e das empresas.




Na segunda intervenção, pediu que o ministro das Finanças se pronunciasse sobre o seguinte:
    • Como resulta do relatório do Banco de Portugal publicado nesta semana, a política orçamental do Governo em 2012 conduziu à inversão da estratégia de consolidação e de desalavancagem da economia — não apenas da dívida pública, mas de todos os sectores institucionais da economia portuguesa;
    • A propósito de os responsáveis máximos do FMI terem concluído que andaram por esse mundo fora a impor políticas que continham erros grosseiros (uma vez que tinham um efeito recessivo muito maior do que o previsto), como é possível que o Governo português não só não tenha explorado essa oportunidade como se mostrou embaraçado com a situação, o que indicia que a estratégia seguida no país não é imposta pela troika, antes uma escolha deliberada do Governo;
    • Dados do Banco de Portugal confirmam que são bancos portugueses que têm esmagadoramente participado nos leilões da dívida portuguesa, correndo a notícia de que o último leilão, em que tanto se falou da retoma da confiança dos mercados externos, teve a participação exclusiva da banca portuguesa e do fundo da segurança social.

4 comentários :

Anónimo disse...

A resposta à pergunta do joão Galamba é óbvio e salta à vista (de quem quiser ver).
Nessa altura, quando tudo falhar, o Ministro parte para Bruxelas, onde tem emprego garantido e sem cortes, com a expectativa de ser promovido pelos seus patrões do BCE/FMI, a quem serviu tão servilmente.
JC

Anónimo disse...

Gaspar devia ser preso e julgado por crimes de lesa pátria.
O que ele está a fazer não defende os interesses de Portugal mas os interesses de uma força invasora estrangeira que sempre o empregou desde o inicio : a finança que anda a lucrar com a crise das dívidas públicas á grande.
Portugal vai continuar a deixar este palhaço deste traidor á vontade?
Por mim era posto de imediato nos calabouços da judiciária, não vá pirar-se como já no PSD houve quem tivesse feito, depois de deixar o país em pantanas...

S. Bagonha disse...

Grande João Galamba!!!

Anónimo disse...



Alguém que esfregue este vídeo na tromba do Cavaco.

Ele é o facínora que permite a continuação da mentira COLOSSAL e do MAIS VIOLENTO ASSALTO AO NOSSO FUTURO que já alguma vez sofremos, Vasco Gonçalves incluído - e quiçá ultrapassado!

Estes guvernantes não vão poder escapar para Bruxelas, nem para buraco nenhum.

No fim, nenhum sairá daqui com vida!