• Pedro Nuno Santos, Reestruturar para salvar o euro:
- ‘(…) muitos dos que se opõem a uma reestruturação da dívida soberana, mesmo que negociada com nos nossos credores, invocam como argumento a defesa do euro. Como estes dois artigos, escritos por três economistas insuspeitos de serem perigosos radicais, mostram, a recusa em encetar um “honrado” processo negocial com vista à diminuição dos encargos nacionais com o serviço da dívida, porá em causa a própria sobrevivência do euro. A renegociação do memorando de entendimento e da dívida pública poderá colocar Portugal numa trajetória sustentável. Enquanto que a recusa em fazê-la, não a evitará.
Apenas a atrasará. Com todos os problemas que esse atraso implica em matéria de destruição de emprego e de empresas. O aumento da dívida pública e a espiral recessiva que a receita do governo e da troika só agravou, estão a empurrar Portugal para fora do euro. O país não poderá deixar de responsabilizar a direita e a troika por esse facto se ele vier a ocorrer. A demora em encetar um processo negocial com vista à redução do fardo com o serviço da dívida está a destruir desnecessariamente emprego e empresas.’
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