sexta-feira, novembro 09, 2012

Ir além (das críticas) do Conselho de Finanças Públicas

O Conselho de Finanças Públicas, presidido por Teodora Cardoso, fez uma análise da Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2013 e apresentou, ontem, o respectivo relatório na Assembleia da República. É um documento bastante crítico para a acção do Governo, uma vez que, entre outras questões, põe em relevo que a previsão macroeconómica é optimista, tendo em conta os efeitos das restrições orçamentais no consumo privado, no investimento e no emprego, e que a estimativa da execução orçamental de 2012 está longe de estar assegurada.

Apesar de ser bastante crítico para com o Governo, o Conselho de Finanças Públicas entende que o “ajustamento” é possível se a política orçamental lançar mão de umas tantas mezinhas, como se fosse possível concebê-la sem a relacionar com a economia. A política orçamental não é nem pode ser uma mera definição de regras.

A destruição da estrutura económica e os rombos cada vez maiores nas contas públicas evidenciam que não é com mezinhas, mais ou menos avulsas, que vamos lá, mas que é chegada a hora de pôr em causa a estratégia orçamental do Governo. Neste sentido, são importantes as questões que João Galamba colocou ao Conselho das Finanças Públicas quando este apresentou ontem o relatório sobre o OE-2013. Veja-se:

1.ª intervenção
2.ª intervenção

4 comentários :

arebelo disse...

João Galamba,brilhante e de uma lucidez extraordinária,de resto como sempre.Lamento não ser possível constatar como é que a tal Teodora se desembrulhou da embrulhada ou se ªa semelhança do (des)governo em várias ocasiões se fechou "em copas".

Anónimo disse...

Quem fala assim... não é gago! Ou seja, firmeza no que diz. Parabens.

Anónimo disse...

A Teodora é uma acerrima neo-liberal, mas até ela já percebeu que assim não se vai lá.

Rosa disse...




Será que Passos Coelho saberia responder a algumas das questões postas por João Galamba??
Quem sabe, sabe...quem não sabe devia mudar de vida...