terça-feira, novembro 27, 2012

O IVA como arma para a concentração do capital na restauração


Descubra as diferenças: esta manhã, no debate do OE-2013, referindo-se ao sector da restauração, Virgílio Macedo, do PSD, disse que há “excesso de estabelecimentos”; Hélder Amaral, do CDS, não quis ficar atrás, tendo dito que há “estabelecimentos em excesso”.

Todos sabemos que um dos objectivos da contra-revolução em curso é virar do avesso o tecido económico do país, “expurgando” os pequenos negócios familiares que impedem a concentração do capital. Do que não se estava à espera é que deputados menos experientes da coligação de direita se descaíssem, revelando neste caso o “diagnóstico” feito (e o plano em curso) para o sector da restauração.

7 comentários :

João das Regras disse...

É hilariante (no mau sentido, claro) observar esta cambada de terroristas económicos do PSD, a crerem, numa fé inabalável típica dos idiotas, que das cinzas dos estabelecimentos que vão fechar graças ao "ajustamento" nascerão empresas competitivas, inovadoras e exportadoras. Devem achar que o dono do café da esquina vai fundar uma empresa de painéis solares ou coisa que o valha.
Não o fará, por uma multitude de razões. Investiguem, palhaços, que os trabalhos preparatórios de uma lei é para isto que servem.

De caminho, mandam umas larachas contra quem se lhes opõe, seja o típico grunhido "socratice trapaceira"/"festa socialista" enviado por um idiota, perdão, deputado ou por uma dessas arrastadeiras blogueiras e ignorantes da direitinha ou simplesmente indagarem por alternativas; curiosamente, quando lhes espetam com alternativas no focinho, fogem que nem os ratos que são ou então urram contra uma pretensa inexequibilidade das propostas.


Aqui há tempos vi na televisão esse betinho do Martim Avillez Figueiredo com esta mesma verborreia do excesso de "estabelecimentos de restauração ineficientes e improdutivos". Da próxima vez que o apanhar no balcão de certo restaurante de luxo da capital vai ouvir umas boas, vai; parece que há filhos e enteados na restauração.
Podia ficar aqui o resto da noite a argumentar sobre a falta de utilidade do Martim Avillez Figueiredo para o que quer que seja, mas isso seria constatar o óbvio.

Parece que o Avillez Figueiredo e esse tonto desse Macedo - que de Virgílio nada tem, seria insultuoso para Virgílio - nada sabem dos mecanismos de mercado. Descansem, meus filhos que, salvo alguma irracionalidade, o mercado funciona por si e não precisa de bacoradas de néscios incoerentes.


Há excesso de maus deputados, como Vossa Exa., meu caro Virgílio Macedo.

Luís Lavoura disse...

Não se pretende eliminar os negócios familiares. O que se desejaria era que esses negócios se dirigissem para outros setores, certamente menos fáceis do que o da restauração.

Jacinto Leite Capelo Rego disse...



O ultra-liberalismo português, afinal, não passa de uma versão contrafeita do velho capitalismo de Estado: o guverno acha que há muitos estabelecimentos de um dado negócio e que isso é "mau". Toca de "decidir" eliminar alguns e executar um "plano" para forçar o "sector" a adequar-se ao pensamento "bom" dos guvernantes.

Depois há sempre aquelas amélias, como este parvo do Lavoura, que "entendem" a coisa e a "explicam" da forma inexplicável que todos os mais pacientes podem constatar na pérola de "comentário" das 9:49.

Resta-nos esperar o que é que os guvernantes pensam sobre o número de sapatarias, cabeleireiros, clínicas dentárias, oficinas de serralheiro e, se calhar, LAGARES DE AZEITE, que "deve" haver em Brutogal, para nos tornarmos um "País competitivo".


E ninguém dá uma arrochada valente e DEFINITIVA nesta canalha ignorante e CRIMINOSA?

João das Regras disse...

"Luís Lavoura disse...
Não se pretende eliminar os negócios familiares. O que se desejaria era que esses negócios se dirigissem para outros setores, certamente menos fáceis do que o da restauração.

qua Nov 28, 09:49:00 a.m."


E iriam investir em que condições, mesmo? Com que pessoal?
E o crédito?

Ah, pois. Virgílio Macedo, mas por outras palavras.

Sim, pretendem eliminar esses negócios, que as escolinhas de Gestão onde os Moedas e Borges desta vida andaram são mesmo contra a "mom and pop store" e contra a "Main Street"; o que interessa são os Wal Marts e afins, que são verdadeiramente "competitivos".

Olimpico disse...


Não sei se há restaurantes a mais, ou a menos, o que sei é que não é o povo que paga a sua laboração. Mas tenho a certeza, que há muitos deputados a mais. Assessores, Montes deles IMCOMPETENTES, e sem qualquer "serventia" a não ser apoio partidário, pago com os nossos impostos.

Até quando este "Gang" faz do povo
Parvo ?

Anónimo disse...

Bom dia: Parece-me inapropriada a associação da McDonalds à questão suscitada. Na realidade, a esmagadora maioria dos restaurantes McDonalds em Portugal são de pequenos empresários portugueses. Abraço do lpm

Anónimo disse...

É por termos excesso de gente que pensa como o leitor Lavoura que o país chegou ao estado a que chegou.
Pouco inclinados a verem mais além da propaganda governamental propõem soluções destrutivas para resolver um problema ao mesmo tempo que criam outro problema.
Chapeau. Está-se mesmo a ver que assim é que vamos lá...