domingo, março 31, 2013

“A elite portuguesa do lado de Castela na batalha de Aljubarrota”

• Teresa de Sousa, O fim do caminho? [hoje no Público]:
    ‘Como dizia um amigo meu, é preciso nunca nos esquecermos que a elite portuguesa estava do lado de Castela na batalha de Aljubarrota. A elite actual, às vezes, não parece ser muito melhor. Quando José Sócrates fazia (mesmo que mal) todos os esforços que um primeiro-ministro deve fazer para evitar a intervenção externa da União Europeia e do FMI, a intelectualidade bem pensante babava-se com a perspectiva da vinda do FMI. Sócrates tinha uma pequena abertura que quis forçar, e que esteve quase a forçar, com a ajuda de Barroso e do BCE. Toda a gente que acompanhou os meses anteriores ao resgate sabe que foi assim. (…)

    Em contrapartida, o resgate era a maneira mais rápida para o PSD de Passos Coelho chegar ao poder e a maneira mais fácil de pôr em prática um programa económico e social que, de outra maneira, seria inaceitável. O programa da troika era o seu programa. Foi essa a aposta de Passos. (…)’

2 comentários :

Gungunhana Meirelles disse...

E aí está a chave de todas as trapalhadas: «o resgate era a maneira mais rápida para o PSD de Passos Coelho chegar ao poder».

O resto é discutível, mas essa é que é essa, mesmo vinda da Teresa de Sousa que não costuma acertar em todas e provavelmente ainda acha que a invasão do Iraque foi uma boa ideia.

Só há que recordar as famosas palavras do Marquintóino das berças às hostes reunidas, logo antes de subirem ao assalto: «Eleições lá fora, já, ou então eleições cá dentro!».

E, apesar de tudo, não eram marcações com o Senhor Presidente da República que se estava a discutir. Era uma votaçáo na A.R. que até o Relvas fazia hesitar.

Anónimo disse...

Não há duvida que na ânsia de assaltar o pote o PSD fez tudo para que a troica entrasse em Portugal.Razão tinha o Socrates em tudo fazer para evitar que esta gente aqui assentasse arrais.