O director do Expresso condescende que José Sócrates possa tomar a palavra, mas no artigo que hoje publica recorre aos clichés habituais para lhe retirar a palavra: na “forma”, Sócrates só sabe defender-se atacando; na substância, é “um revisionista sobre o que fez e o estado em que nos deixou”.¹
Mas vamos aos quatro pontos em que, segundo Ricardo Costa, Sócrates “reviu” o passado:
Lembro-me bem de que José Sócrates convidou todos os partidos parlamentares para negociações com vista a fazer uma coligação. Mas lembro-me também de que, num momento difícil como era o ano de 2009, havia uns comentadores que zombaram da proposta, de braço dado com os partidos da oposição. E ainda me lembro que Sócrates teve de fazer concessões (v.g., benefícios fiscais) para fazer aprovar os PEC e que teve uma longa reunião com Passos Coelho (que este “transformou” num mero telefonema) para desbloquear as reticências do PSD em relação ao PEC 4. Se nem as palavras de Marco António para Passos Coelho (“Escolhe entre eleições no país ou no PSD”) convencem Ricardo Costa dos propósitos do PSD, estamos entendidos.
Os dados das contas nacionais mostram que nos anos seguintes à entrada no euro, a formação bruta de capital fixo teve um desempenho fraco, diminuindo até em sete dos 11 anos que terminam em 2010. A variação acumulada desde 2000 atingiu o expressivo valor de -20,3 por cento. Como pode então falar-se dos “perigos do investimento público”?
De resto, não foi Sócrates que se riu de Manuela Ferreira Leite. Foi o país inteiro, quando a malograda presidente do PSD qualificou de “abalozinho” a maior crise mundial dos últimos 80 anos, e foi também o Conselho Europeu, por onde anda o nosso Barroso, que considerou, na sua reunião de 11 e 12 de Dezembro de 2008, ser necessário aprovar um Plano de Recuperação Económica para os países da União Europeia, tendo então o governo português adoptado uma política orçamental contra-cíclica de estímulo à actividade económica, para sustentar o emprego e reforçar a confiança dos agentes económicos, no valor de 2.290 milhões de euros, cerca de 1,3% do PIB, do qual 0,5 % do PIB beneficiava de financiamento comunitário. Foi neste contexto que se deu um empurrão à requalificação das escolas. Como se pode afirmar que as dificuldades actuais resultam de excesso de investimento público se este foi baixando até 3% do PIB em 2008 e, se aumentou ligeiramente em 2009, ficou a dever-se à adopção do que fora acordado no Conselho Europeu do final de 2008?
Quanto ao endividamento, recomendo a Ricardo Costa que leia o artigo de Emanuel Augusto Santos publicado no caderno Economia desta edição do Expresso, que parcialmente reproduzo aqui, sugerindo-lhe que, se o assunto o entusiasmar, procure conhecer, num livro recentemente publicado do mesmo autor (do qual retirei os dados que utilizo), a explicação para o montante da dívida pública acumulada, designadamente por efeito da correcção de défices ocultos resultantes de dívidas contraídas há longos anos.
Depreende-se do que Ricardo Costa escreve que não sabe bem o que é o PEC 4. Ignora que o PEC 4 é um documento apresentado anualmente em Bruxelas, no qual se elencam as metas que não poderão deixar de enformar o orçamento do Estado seguinte. Como poderia o PSD aprovar o PEC 4 e chumbar o OE-2012?
Por outro lado, Ricardo Costa esquece-se que, na manhã do dia em que o PEC 4 foi negociado em Bruxelas, o Dr. Relvas fez declarações no sentido de que o PSD aprovaria o documento. Como é que por isso imputa a “culpa”, ou parte dela, ao governo de então?
José Sócrates, com o PEC 4, conseguiu o apoio da Comissão Europeia e do BCE, o que a Itália e a Espanha só conseguiram dois anos depois. Não teria sido importante evitar a entrada da troika, com tudo o que isso significou de limitação da soberania nacional? Não há diferenças assinaláveis entre a austeridade imposta a Portugal e a que têm de aplicar a Espanha e a Itália?
Um leitor fez-me chegar o link correcto da notícia da TSF sobre o apoio de Manuela Ferreira Leite ao aumento dos vencimentos dos funcionários públicos. Desfeito este equívoco de Ricardo Costa sobre a posição da presidente do PSD (que “vale”, salvo erro, 0,4% do PIB), a que se agarra ele para dizer que Sócrates se “recusou travar a despesa e prometeu tudo a todos”?
Entre 2006 e 2008, as metas dos PEC foram sempre cumpridas — com alguma folga, ou seja, sem receitas extraordinárias. Os desequilíbrios financeiros do país não foram detectados depois da crise internacional, foram-no muito antes. Foi, por isso, que entre 2005 e 2007 se tomaram inúmeras medidas para garantir a sustentabilidade dos sistemas de protecção social, incluindo o Serviço Nacional de Saúde, e se reduziu globalmente a despesa pública em percentagem do PIB e as despesas com pessoal das administrações públicas caíram de 13,9 por cento em 2005 para 12 por cento do PIB em 2008.
Dependendo o défice público do estado da economia, é óbvio que tenderia a crescer quando eclodiu a crise internacional, devido à quebra das receitas fiscais e ao crescimento das prestações sociais para acudir ao agravamento da situação social. Ainda assim, o défice português ficou abaixo da média da União Europeia. Em 2010, teria sido de 6,8% se não tivesse havido lugar aos resgates dos bancos (1,3%), à assumpção do passado com PPP (0,5%) e à reclassificação de empresas públicas de transportes (0,5%).
Estudar é preciso, Ricardo Costa.
_________
¹ Surpreendentemente, Ricardo Costa nem uma breve alusão faz a uma parte importante da entrevista: a conspiração de Belém.
Mas vamos aos quatro pontos em que, segundo Ricardo Costa, Sócrates “reviu” o passado:
- “Sócrates viciou-se na maioria absoluta e, depois, na vertigem tática do governo minoritário. Só quando a Europa, em 2011, apertou é que convidou Portas a entrar no Governo num jantar em casa de Basílio Horta.”
Lembro-me bem de que José Sócrates convidou todos os partidos parlamentares para negociações com vista a fazer uma coligação. Mas lembro-me também de que, num momento difícil como era o ano de 2009, havia uns comentadores que zombaram da proposta, de braço dado com os partidos da oposição. E ainda me lembro que Sócrates teve de fazer concessões (v.g., benefícios fiscais) para fazer aprovar os PEC e que teve uma longa reunião com Passos Coelho (que este “transformou” num mero telefonema) para desbloquear as reticências do PSD em relação ao PEC 4. Se nem as palavras de Marco António para Passos Coelho (“Escolhe entre eleições no país ou no PSD”) convencem Ricardo Costa dos propósitos do PSD, estamos entendidos.
- “Quase ninguém se lembra disso, como quase ninguém se lembra de que José Sócrates passou toda a campanha de 2009 a rir-se do discurso de Manuela Ferreira Leite sobre os perigos do investimento público e do endividamento excessivo.”
Os dados das contas nacionais mostram que nos anos seguintes à entrada no euro, a formação bruta de capital fixo teve um desempenho fraco, diminuindo até em sete dos 11 anos que terminam em 2010. A variação acumulada desde 2000 atingiu o expressivo valor de -20,3 por cento. Como pode então falar-se dos “perigos do investimento público”?
De resto, não foi Sócrates que se riu de Manuela Ferreira Leite. Foi o país inteiro, quando a malograda presidente do PSD qualificou de “abalozinho” a maior crise mundial dos últimos 80 anos, e foi também o Conselho Europeu, por onde anda o nosso Barroso, que considerou, na sua reunião de 11 e 12 de Dezembro de 2008, ser necessário aprovar um Plano de Recuperação Económica para os países da União Europeia, tendo então o governo português adoptado uma política orçamental contra-cíclica de estímulo à actividade económica, para sustentar o emprego e reforçar a confiança dos agentes económicos, no valor de 2.290 milhões de euros, cerca de 1,3% do PIB, do qual 0,5 % do PIB beneficiava de financiamento comunitário. Foi neste contexto que se deu um empurrão à requalificação das escolas. Como se pode afirmar que as dificuldades actuais resultam de excesso de investimento público se este foi baixando até 3% do PIB em 2008 e, se aumentou ligeiramente em 2009, ficou a dever-se à adopção do que fora acordado no Conselho Europeu do final de 2008?
Quanto ao endividamento, recomendo a Ricardo Costa que leia o artigo de Emanuel Augusto Santos publicado no caderno Economia desta edição do Expresso, que parcialmente reproduzo aqui, sugerindo-lhe que, se o assunto o entusiasmar, procure conhecer, num livro recentemente publicado do mesmo autor (do qual retirei os dados que utilizo), a explicação para o montante da dívida pública acumulada, designadamente por efeito da correcção de défices ocultos resultantes de dívidas contraídas há longos anos.
- ‘Como se esqueceu de que o chumbo do PEC 4 — num ato grave da oposição — apenas antecipou uma crise política marcada para outubro. Nessa altura, por culpa da oposição, mas também do Governo, estavam esgotadas as hipóteses de aprovar o novo orçamento. O Governo ou caía em abril ou caía em outubro. Caiu em abril.’
Depreende-se do que Ricardo Costa escreve que não sabe bem o que é o PEC 4. Ignora que o PEC 4 é um documento apresentado anualmente em Bruxelas, no qual se elencam as metas que não poderão deixar de enformar o orçamento do Estado seguinte. Como poderia o PSD aprovar o PEC 4 e chumbar o OE-2012?
Por outro lado, Ricardo Costa esquece-se que, na manhã do dia em que o PEC 4 foi negociado em Bruxelas, o Dr. Relvas fez declarações no sentido de que o PSD aprovaria o documento. Como é que por isso imputa a “culpa”, ou parte dela, ao governo de então?
José Sócrates, com o PEC 4, conseguiu o apoio da Comissão Europeia e do BCE, o que a Itália e a Espanha só conseguiram dois anos depois. Não teria sido importante evitar a entrada da troika, com tudo o que isso significou de limitação da soberania nacional? Não há diferenças assinaláveis entre a austeridade imposta a Portugal e a que têm de aplicar a Espanha e a Itália?
- “Foi grave? Sim, acelerou o pedido de ajuda e não permitiu perceber se o PEC 4 garantia a Portugal ir aos mercados com o apoio do BCE. Sócrates foi vítima da oposição? Sim. Dos mercados? Claro. Dos banqueiros? Também. Mas foi, acima de tudo, vítima de destino que traçou em 2009 quando recusou travar a despesa e prometeu tudo a todos, porque essa era a forma segura de ganhar as eleições de 2009.”
Um leitor fez-me chegar o link correcto da notícia da TSF sobre o apoio de Manuela Ferreira Leite ao aumento dos vencimentos dos funcionários públicos. Desfeito este equívoco de Ricardo Costa sobre a posição da presidente do PSD (que “vale”, salvo erro, 0,4% do PIB), a que se agarra ele para dizer que Sócrates se “recusou travar a despesa e prometeu tudo a todos”?
Entre 2006 e 2008, as metas dos PEC foram sempre cumpridas — com alguma folga, ou seja, sem receitas extraordinárias. Os desequilíbrios financeiros do país não foram detectados depois da crise internacional, foram-no muito antes. Foi, por isso, que entre 2005 e 2007 se tomaram inúmeras medidas para garantir a sustentabilidade dos sistemas de protecção social, incluindo o Serviço Nacional de Saúde, e se reduziu globalmente a despesa pública em percentagem do PIB e as despesas com pessoal das administrações públicas caíram de 13,9 por cento em 2005 para 12 por cento do PIB em 2008.
Dependendo o défice público do estado da economia, é óbvio que tenderia a crescer quando eclodiu a crise internacional, devido à quebra das receitas fiscais e ao crescimento das prestações sociais para acudir ao agravamento da situação social. Ainda assim, o défice português ficou abaixo da média da União Europeia. Em 2010, teria sido de 6,8% se não tivesse havido lugar aos resgates dos bancos (1,3%), à assumpção do passado com PPP (0,5%) e à reclassificação de empresas públicas de transportes (0,5%).
Estudar é preciso, Ricardo Costa.
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¹ Surpreendentemente, Ricardo Costa nem uma breve alusão faz a uma parte importante da entrevista: a conspiração de Belém.
18 comentários :
Caro M.Abrantes,
Como quer que o "ventoinhas" perceba questões tecnicas mesmo sobre economia se ele não passa de mais um "ratinho" ao jeito e modos do outro, o JGF, sendo ambos ratinhos dos interesses do Balsemão. Este não grama o Relvas por causa da RTP mas é da sua cor pelo que odeia Sócrates que o ameaçou pôr a concurso a licensa de TV.
Balsemão, tal como o merceeiro belmiral co a PT, nunca vai perdoar Sócrates de tal ameaça a um "dono" ungido do seu negócio.
Então, estes tipos "donos" arranjam homens de mão que lhes fazem os fretes.
Mas, ainda como quer que o ratinho RC saiba discutir qualquer assunto mesmo de pequena complexidade técnica se, aquando da entrevista a Sócrates para as eleições às tantas lança ao entrevistado, quando este lhe explicava as razões da apostanas energias renováveis: "bem, deixamos essa conversa senão o senhor leva toda a entrevista a falar de ventoinhas".
Tal e qual, para RC as energias renováveis são apenas coisa de ventoinhas: um aerogerador, uma máquina complexa de produzir emergia electrica até 7,5 MW( potência para consumo de uma grande Vila ou pequena Cidade), para este ratinho esperto-remexido sabe tudo, as quetões tecnicas especializadas ele trata-as com a ratice-espertice de jornalista com dono certo, logo cadeirão seguro.
Um idiota chapado e falso sabichão.
Um fala-barato, às vezes, de dedo em riste, julgando ser o melhor aluno da turma, daqueles que dão graxa aos professores e denunciam colegas.
Se ao menos soubesse falar alemão, poderia, certamente, assessorar Wolfgang Schäuble ou ser "valet de chambre" de Jeroem Dijsselbloem.
RCosta e outros testas de ferro do psd mostram hoje à evidência q o q necessitamos é de uma imprensa verdadeiramente livre e onde se possam confrontar livremente linhas editoriais diferentes. Os jornais em portugal não contribuem para o esclarecimento mas sim para a intoxicação. Enquanto a esquerda e nomeadadmente o PS não fizer externamente este debate o país não tem futuro e ficará sempre ao dispôr de qualquer pato-bravo do psd.
O Ricardo Costa, tal como muitos comentadores da nossa praça, quando deixam de fora a isenção na sua análise, passam a defender causas e isso turva-lhes a inteligência. Um comentador em circunstância alguma fica naquele estado de ansiedade que o Ricardo Costa e o Gomes Ferreira tinham em profundo contraste com a presença pacifica embora mais arguta do José Miguel Júdice e do Miguel Sousa Tavares. Os tempos estão muito dificeis e é altura de pôr toda a carne no asssador pelo que daqui sugiro quer ao Ricardo Costa quer ao Gomes Ferreira que mudem de instalações e passem a fazer os seus comentários a partir de S. Bento integrados na equipa maravilha Gaspar, Borges e Moedas porque com tanta capacidade de esclarecimento, é um caso de traição à pátria, não colocarem tanta sapiência ao serviço da Nação.
Em relação ao post anterior quero dizer que concordo com a ausência de qualquer referência à inventona de belém, dado que ele é especialista em análise política e o que esteve em causa é de âmbito criminal e é nesse plano que deve ser tratado. Resultante das conclusões no plano criminal poderão surgir consequências a nivel político. Nem sei porquê, mas lembrei-me agora do Nixon, alguem possa dar alguma explicação para esta associação de ideias que não consigo interpretar ?
Há muito que Ricardo Costa, por motivos endógenos (?)se dispensa a si mesmo de dizer a verdade.
É mais um pateta que resolveu alinhar o intelecto com o físico: Está feito um homenzinho....
Esse Costa - é Jornalista? perguntar não ofende.
Não metam a mão no meu dinheiro, disse uma Cipriota
Por cá, já lá vamos.
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O Costa do Castelo
A memória é uma coisa selectiva, a de Ricardo Costa não anda no seu melhor, uma visita a um psiquiatra talvez lhe fizesse bem.
Pode aproveitar e levar uma data de comentadores da nossa praça com ele, para vêr se lhes avivam a memória.
RC está totalmente enfeudado a esta coligagação e não aceita "narrativa" diferente da da direita. Tal como o seu colega JGF, mais gasparista que gaspar.
RC sofre de altaneira soberba pelo cargo que ocupa e não sabe que está muito próximo de ser atingido pelo pricipio de Peter.
O vosso post desmonta muito bem todas as suas artimanhas.
O Costa já é burro de todo e a familia já se apercebeu - mandá-lo para a 3ª classe era um fiasco...o Rebordão nunca aceitava.o na aula.
Bolha de Água
É mais um dos multiplos serventuarios do governo. O Tio Balsas não permite grande cedencias e tudo isso combina bem com a mediocridade do RC e do JGF. Espero para ver o que eles irão dizer qd os estarolas cairem. Já faltou mais! O Correio da Manhã é sempre uma boa alternativa para estes "jornaleiros".
Já que estão todos a falar do RC, ocorreu-me um episódio engraçado com o dito que se passou na Soltroia, onde o marmanjo tinha um apartamento de férias com a anterior esposa. Um dia a minha filha na altura com 12 anos, perguntou-me porque razão a empregada deste marmanjo o chamava em alto na rua por "senhor doutor advogado"? E dizia-me a minha filha, então mas ele não é apresentador da televisão? Lá expliquei à miúda que para algumas pessoas como o RC a necessidade de se fazerem importantes é tanta que chegam ao ponto de exigir que os tratem com pompa e designações que não têm. E lá expliquei que ser advogado é uma profissão como a de apresentador de TV, mas como ele gostava que o chamassem de doutor então fazia-se passar por uma coisa que não era, nem nunca foi, advogado. É uma pequena "estória" mas que e minha opinião esclarece qualquer um sobre a pessoa do RC.
Li hoje artigos inimagináveis em democracia sobre a entrevista de J. Sócrates. Estou a lembrar-me de JPPereira, São José Almeida, Vasco Pulido Valente e outros. Estou a imaginar estes jornalistas (estou a referir-me a jornalistas!) - outros, como por ex. JMFernandes, Gomes Ferreira e também Ricardo Costa... - numa comissão, a quem pediram opinião sobre se Sócrates podia ou não podia ser entrevistado e ter espaço para comentar a vida política portuguesa. Não tenho dúvidas de que a decisão seria Sim! O que mais me preocupa são as considerações que sairiam desse documento de resolução, tornado público, sabendo nós o que se tem passado na imprensa e política portuguesas desde que este governo tomou posse, para não recuar ao período 2008/2011. Devemos ainda relevar o pedido do CDS para que o responsável da RTP fosse chamado ao Parlamento para justificar tal desiderato. Inacreditável! E isto casa, inequivocamente, com os métodos da Inquisição portuguesa. E isto escarrapacha publicamente a mentalidade cultural, filosófica e política que predomina nas cabeças da intelectualidade lusitana actual. O mais grave é que uns foram formados no Estado Novo e outros já em tempo de democracia. Como eles se assemelham à judia Esther! Da resolução final ficaria clara a determinação de que Sócrates ficaria sob vigilância apertada, não só dos deputados da nação, mas também da nata da nossa comunicação social e de muitos dos nossos intelectuais.
Os que se dedicam a discutir a presença de JS no debate político, como um caso, deviam ter vergonha na cara.
Discutam os últimos 500 anos, os últimos 200 anos, os últimos 38 anos (concentrem-se em 1985/1995), os últimos 6 anos. E, de certeza, vão esbarrar em José Sócrates. Não tenham receios. Só que a controvérsia insidiria em assuntos mais relevantes e de interesse nacional...
O Sindicato dos jornalistas devia marcar um Congresso. Ia ser o bom e o bonito....
Como é que alguém tão "esquecido" pode ser diretor de um canal noticioso 24/7?!
Há coisas que dão que pensar.
Na minha perspetiva não vale a pena perder tempo com este palhço. Este está a ficar ao nível da bosta José Manuel Fernandes. O JMF (que tem cara daqueles gajos que não mudam de cuecas durante uma semana), está sempre pronto a fazer fretes ao patrão( caso da PT/homem dos 300€ de salário) É igualmente certo que este RC ( que conhece os gajos do PSD todos de costas nos congressos) também é um rapaz pronto para qualquer frete. O outro moçoilo(José Gomes Ferreira) tem aquele ressabiamento próprio, de quem estando pronto para ser qualquer coisita no governo, não mereceu nunca o convite. Vem da escola dos Medinas, dos Netos e outros quejandos. Permitam-me a grosseria: CAGUEM NELES.
Isto de ser assalariado do militante n.º 1, tem muito que se lhe diga...
O RC é cada vez mais uma desilusão.Tão pequena e enviesada que foi a sua "análise"!
JGFerreira tão agarrado à sua narrativa não foi melhor.E a questão do(s) aumento(s)da função pública, também é questão muito atingida pela amnésia...E ninguém trouxe à tona (como é possível?)o congelamento das carreiras na FP - de final de agosto de 2005 a 31/12/2007 - a lei 12 de 2012 e o novo modelo de avaliação?Voltando ao congelamento, importa referir que ainda assim continua.Ah, também ninguém falou na redução remuneratória, em vigor desde 1 de janeiro de 2011, para salários superiores a 1500 euros!Ui, há muito para estudar, se há!
Pois , infelizmente é o jornalismo que temos. Ricardo Costa tem a mania que é o mais esperto e iluminado deste mundo. A presunção do seu discurso é tão grande que até dá asco.
Também temos a versão "santinho" e "patinho injustiçado", de insinuação premeditada que se chama Mário Crespo. Enfim estilos diferentes, a mesma tentativa de manipulação.
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