sábado, abril 27, 2013

A encenação do fim


• Pedro Adão e Silva, A encenação do fim [hoje no Expresso]:
    ‘(…) o discurso do Presidente da República nas comemorações do 25 de abril foi sintomático. Deixemos de parte a forma contraproducente como, enquanto apelava ao consenso, de facto, cristalizou divisões e fixemo-nos no modo como, no dia que se celebrava a instauração da democracia, o Presidente não hesitou em despolitizar radicalmente o leque de opções programáticas possíveis.

    Até hoje, nunca tínhamos tido um Presidente da nossa República a desvalorizar de forma tão veemente as eleições, as escolhas políticas e o papel das divergências em democracia. Podemos discordar das opções programáticas dos outros, mas não podemos, em caso algum, condicionar a soberania popular conquistada há 39 anos. A mensagem foi clara: as eleições não interessam, o que conta é o cumprimento do memorando; as ideologias são perigosas, o que importa é o tratado orçamental. Que um dirigente partidário, oportunisticamente, faça um discurso desta natureza, é explicável. Que a mais alta figura do regime lhe dê peso institucional é um prenúncio de que nos aproximamos do fim.’

3 comentários :

Anónimo disse...

Com tanta desvalorização das eleições, se calhar também será necessário desvalorizar as eleições como forma de nos vermos livres desta escumalha que nos governa na sequência de uma golpada e de uma campanha aldrabona.

Se as eleições não são um caminho...então procuremos uma alternativa

altaia disse...

ele não quer claro se pudesse adiava as autarquicas até ver se as coisas mudavam ele quer consensos porque lhe dava jeito que as coisas melhorassem para então marcar eleições numa altura mais favoráVEL MAS COMO QUEM MANDA
É A MERKEL O HOMEM TÁ TRAMADO NO FIM DA BRILHANTE MERDA DE CARREIRA que fez para desgraça de portugal as coisas não lhe estão a correr bem azar cavaquinho cá se fazem cá se pagam

Pois era bom disse...



Se calhar era bom que o fim anunciado e encenado deste canalha fosse igualmente o fim dos facínoras que fizeram em 2011 exactamente o oposto daquilo que esta nojenta criatura prega hoje.

E, já agora, o fim também daqueles oportunistas asquerosos que bateram palminhas, de pé, ao mesmo discurso manhoso e hipócrita de há dois anos nesta data.


Não?