quinta-feira, outubro 03, 2013

A tempestade no porto de abrigo da Miss Swaps


Paulo Gray foi ontem ouvido na comissão parlamentar de inquérito. Trata-se do responsável da StormHarbour, a empresa de consultadoria contratada pelo Governo para o assessorar na questão dos swaps.

Apesar da pouca relevância que os media dão hoje ao assunto, é possível concluir que, embora a StormHarbour tenha sido contratada para avaliar os swaps e propor uma estratégia para eliminar ou reduzir os custos das operações, houve situações em que a Miss Swaps (ou o IGCP que depende de si) alterou os critérios de avaliação e não seguiu a estratégia delineada pela consultora.

Relativamente aos critérios, os swaps da Refer, com as impressões digitais da Miss Swaps, foram objecto de uma nova avaliação pelo IGCP (que, repita-se, depende hierarquicamente da Miss Swaps): a StormHarbour, que os havia classificado como “complexos”, foram transferidos “do lado mau para o lado bom”, nas palavras de Paulo Sá, deputado do PCP.

Já quanto à estratégia, a StormHarbour propôs o cancelamento de contratos como solução de último recurso, privilegiando a simplificação dos swaps mais complexos. No entanto, a solução adoptada pelo Governo acabou por ser a de impor o vencimento antecipado de contratos, o que implicou o pagamento de 1030 milhões de euros aos bancos.

De audiência para audiência, crescem as questões que a Miss Swaps terá de explicar.

3 comentários :

Anónimo disse...

Podem esperar sentados.A miss swaps não explica nada!
Qualquer iniciativa para que vá ao Parlamento é chumbada pela maioria.E como não existe Presidente da República...!

Anónimo disse...

Presidente da Républica???? Mas o Sampaio já saiui há uns anos! Desde então o Palácio de Belém passou a chamar-se de Palálcio das intrigas, do dislate e do disparate! Coitada da Républica e de Portugal!

Rosa disse...



Cavaco está manietado...e sabemos porquê...