quarta-feira, outubro 23, 2013

"Afinal todas as linhas vermelhas da decência foram ultrapassadas"

• José Maria Brandão de Brito, OE 14: A inutilidade do gesto (bis):
    ‘Mea culpa pelo erro de avaliação que, em Agosto, fiz deste Governo, Pensei e escrevi que ele poderia vir a revelar-se mais forte, consistente e operacional que o anterior. Que a saída de Vítor Gaspar e o 'retorno' de Portas o poderiam tornar mais aceitável. Afinal enganei-me. Afinal o que aconteceu foi que a crise desencadeada pelo próprio Paulo Portas, gerou um movimento de desconfiança e o Governo, quando chegou ao terreno, já tinha perdido espaço, densidade e força.

    Sem o prestígio que um segundo fôlego lhe podia ter dado, PP esbracejou, fez umas viagens inúteis, engoliu em seco e usou uma retórica, tipo cortina de fumo, para enganar incautos.

    (…)

    Afinal todas as linhas vermelhas da decência foram ultrapassadas. Só resta um pouco de vergonha na exibição das vergonhas..., mas foi grotesco o espectáculo dado pelos nossos governantes, ao anunciar a conta-gotas, as medidas mais violentas deste orçamento, procurando fazer-nos crer que este era apenas mais um sacrifício para atingir o Olimpo...! "Que se lixe a economia", mais desemprego, menos investimento, mais empobrecimento geral... para chegar a coisa nenhuma, senão o acesso aos mercados para nos podermos continuar a endividar.’

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