sábado, outubro 19, 2013

Da cultura Pingo Doce

Maria Filomena Mónica, no Expresso (p. 19):
    ‘O bidé apareceu no final do século XVII em França. Há quem diga que o seu inventor foi Christophe Des Rosiers, um marceneiro fornecedor da família real, mas nem isso se sabe. Mas pode afirmar-se, com um elevado grau de certeza que, devido à melhoria das canalizações, passou a ocupar um lugar especial nas casas de banho dos ricos. Durante o século XX, os países latinos, com destaque para Portugal, adoptaram o objecto, sendo possível encontrá-lo em países tão distantes quanto a América Latina e o Médio Oriente. Reina, neles, um desejo de limpeza, que não se detecta em locais como a China, onde, segundo me contaram, o cheiro é pestilencial. Há ainda o caso dos EUA, que possui os melhores duches do mundo — um aparelho que a Inglaterra continua a desprezar — mas que só agora tem vindo a adoptar o bidé. Em suma, enquanto o objecto atravessa os oceanos, a França opta por dar cabo dele.’

12 comentários :

Fernando Romano disse...

Não foi fácil a compaginação deste artigo no jornal Expresso. Lá descobriram um espaço sobrante de uma notícia sobre prazos para "provar propriedade" e um anúncio publicitário que ocupa quase 50% da página. Fica a ideia que esteve prestes a ser enviado pelo cano da sanita abaixo, quiçá do próprio bidé. Mesmo assim ainda sobrou espaço no canto inferior esquerdo. Mas o tipógrafo agradeceu.

Anónimo disse...

Compreendia melhor que a companheira do sociólogo do merceeiro holandês falasse da sanita. Está mais ligada à sua "brilhante personalidade"

Anónimo disse...

Compreendia melhor que a companheira do sociólogo do merceeiro holandês falasse da sanita. Está mais ligada à sua "brilhante personalidade"

Anónimo disse...

Já a estou a imaginar...ali sentadinha a chapinhar-se com água tépida...

Anónimo disse...

O bidé é para limpar a merda que tem na cabeça.

Anónimo disse...

sai mais um phd na horizontal...

Anónimo disse...

Para quem nao sabe, há muito muito tempo tempo, o bidé era muito mal conotado.. o problema é que com o bidé é possível "limpar" o "pecado" "demasiadamente depressa".
E a herança histórica tem sempre muito peso entre "nós".

Anónimo disse...

como fico com o olho todo assado se o não lavo imediatamente, lamento que tanta gente não lave o seu e saúdo a única lembrança de jeito que a socióloga teve em muitos anos. haja textos úteis.

Maria Filomena Módica disse...



Não haja dúvidas, de facto: Portugal é mesmo um bidé!

A começar pela sua famosa pintelheira, mais conhecida por élite intelectuali...

Cristóvão dos Roseirais, um seu Criado, disse...



"Nem isso se sabe", diz a miss Solavar.

Se ela tivesse bem a noção do que não sabe, lavava duas vezes a rata antes de se pôr a cagar postas de pescada sobre um País como a França, cuja Cultura a Piolheira desde sempre vislumbrou por um canudo (todo desfocado e completamente escagateado...).

Maria Chu-chu en Lai disse...



Pestilencial. Que uindo adjektivo...


"Segundo me contaram", claro, que a gaja esteve lá, mas ou naquele dia estava com máscara, ou nem sequer entrou numa casa-de-banho, mijou na sarjeta e cagou para um guardanapo roubado no Hótel......

Anónimo disse...

É curioso que esta história do bidé me foi contada por um casal de alemães.Era mais ou menos isto mas não me disseram que existia em casa de ricos, tentavam dizer-me que o bidé era a prova de que os franceses não deviam grande coisa à higiéne.Palavra que foi assim.