terça-feira, outubro 29, 2013

O “milagre económico” de Pires de Lima


O mesmo ministro que falava há dias acerca do programa cautelar disse hoje aos deputados da maioria de direita que está em curso um “milagre económico” em Portugal. Que raio de “milagre económico” é este que faz lembrar o “oásis” de Braga de Macedo de há 20 anos?

Há milagres mais complicados de explicar. O pequeno desagravamento da situação económica fica a dever-se a dois aspectos:
    • O abertura em 2013 da nova refinaria de Sines (um projecto PIN aprovado pelo Governo de Sócrates), que neste momento já está a laborar em pleno;
    • As “primaveras árabes” (e guerras civis) que desviaram os turistas para a Europa do Sul.

Acresce que as importações subiram devido à aquisição de crude para abastecer a refinaria de Sines e não devido a um aumento da procura interna. E o próprio 2.º Orçamento Rectificativo acaba de agravar a estimativa de quebra do investimento para 2013 (para -8,5%). Sem sequer olhar para outros indicadores, perante este quadro, onde está o “milagre económico”? Quais são as fantasiosas reformas estruturais que permitiram o “milagre económico”?

Resulte ou não de um vírus instalado na Rua da Horta Seca, Pires de Lima começa parecer-se cada vez mais com o malogrado Álvaro.

3 comentários :

ignatz disse...

"Pires de Lima começa parecer-se cada vez mais com o malogrado Álvaro."

tomaria o gajo chegar aos calcanhares do sô álvaro que promovia o fango assado au soleil, as startups do pastel de nata e o cluster do bolinho de bacalhau. o milagre do pires é não chegar para os tremoços.

Portas e Travessas.sa disse...

Pois é...fazem flores que os outros deixaram - e eu pergunto - o quê deixam alem de 20% de desemprego e o trabalho à jorna?

O miúdagem que o diga

Zé da Adega

Evaristo Ferreira disse...

Parabéns por este post. É mais uma meia-desfeita à narrativa e ao discurso dissimulado desta "gente honrada, cumpridora da palavra dada". O "milagre" vislumbrado pelo cervejeiro que agora abancou na Horta Seca não passa de uma alucinação provocada pelo líquido etílico. Em "horta seca", só resta empinar "superboques de geladeira".