• Mário Soares, Ainda na Aula Magna:
- ‘Repare-se que ao contrário de outras vezes, eu não iniciei a abertura da sessão de improviso e sem papel, como é habitual. Desta vez, li um texto escrito. Que está ao dispor de quem o quiser ler. Porquê? Porque sabia que ao falar de violência os comentadores ao serviço do poder iam necessariamente especular. Como fez o sempre infeliz vice-primeiro-ministro Paulo Portas, que muda de ideias como de camisas e que todos sabemos o que tem feito e refeito. Um artista...’
14 comentários :
Lido com atenção o artigo de opinião do Sr. Dr. Mário Soares no DN de hoje, entre outros sentimentos mais primários, fui assolado pelo registo do débito de dois substantivos capitais: Oportunidade e Vergonha.
Teria sido absolutamente oportuno (e necessário, acrescento), mediante tal ilustre painel de intervenientes e participantes, elencar um conjunto de putativas medidas de "salvação nacional" e que, no mínimo, servissem para justificar a tónica dominante do processo de intenções - a demissão do governo. Mas, para desapontamento geral, a oportunidade de produzir um discurso mais elevado, iluminado mesmo, que apontasse caminhos que conduzissem ao extermínio do sufoco em que nos encontramos, quedou-se pela reiterada exigência de demissão do governo e do PR.
Diz o Sr. Dr. Mário Soares que, desta feita, prevendo que o iriam acusar de incitamento à violência, numa magnífica performance de previsão, em vez da costumeira oração de improviso, leu um documento que precavidamente havia redigido. Que formidável oportunidade para, no recesso do lar (ou do gabinete pago por todos nós), baseando-se na sua vasta experiência política, redigir um Manifesto de Salvação Nacional. Mas não, ao invés, decidiu que o melhor seria juntar num papel umas quantas ideias redondas que se resumem numa frase: Senhor Presidente da República demita o Governo e demita-se também.
Ainda oportunamente, diz o ilustre ex-PR que o atual PR apenas e só mandou a famosa lei da convergência das pensões para o TC porque se sentiu pressionado por tudo o que foi dito na Aula Magna, portanto, deve ter sido uma mensagem subliminarmente passada em que se dizia: Sr. PR demita-se mas antes envie a convergência das pensões para o TC!
Ciente de que uma das prerrogativas da idade é o despudor, sinto, ainda assim, grande dificuldade em lidar com a falta de vergonha. A democracia portuguesa nasceu, entre outras, às mãos do Sr. Dr. Mário Soares, reservando-se-me hoje o direito, consubstanciado nos resultados que se evidenciam, de achar que afinal este "oleiro" não tinha grande jeito para moldar o que quer que fosse. Muitos dos defeitos de que hoje enferma a nossa democracia têm raiz nas suas infância e adolescência, épocas em que pontificavam políticos como Mário Soares. O assumir de responsabilidades pelos erros do passado não está inscrito no ADN dos políticos, pelo contrário, é comumente aceite que um político que tenha infligido danos dificilmente reparáveis, sendo afastado também por vontade popular, regresse mais tarde, apoteóticamente, de "ficha" limpa, como se nada tivesse acontecido.
Em jeito de nota final, ainda sobre a vergonha, achei interessante o Sr. Dr. Mário Soares apelidar o atual governo de despesista, sobretudo, quando ele foi, praticamente, o inventor das presidências abertas e das visitas de Estado com delegações que enchiam jumbos
Isso. Ladrem, ladrem...
... mas a caravana vai continuar a passar, seu Nuninho.
O Nuno de Santa maria a tratar da vidinha, pois claro, é para isto que lhe pagam!
Numa coisa temos que concordar: Estas arrastadeiras do Maduro e Lomba, ou, veja-se o caso presente, daquele sr. de quem dizem ser P.R., sempre escrevem mais e um bocadinho melhor do que faziam as do Relvas. E com uma grande diferença, não passam a vida a dizer mal (só) do Sócrates.
Quanto à canalhice e à falta de vergonha, ah..., aí são iguaizinhos. Mudam as moscas....
"gabinete pago por todos nós":
"com delegações que enchiam jumbos":
A fundação Mário Soares, um espaço público onde trabalham dezenas de pessoas e que desenvolve um trabalho fundamental, só negligenciável num país sem fortes bases democráticas, recebia uma caca de uns 100 mil euros ano que este governo fez questão de reduzir para cerca de 80. Não pagas grande gabinete ó Santa Maria
Há uma diferença entre Mesquinhez e despesismo, algo que tu pelos vistos confundes!
Sabes o que é despesismo? É o assalto ao BPN do qual participou o Cavaco, é o desperdiçar dos fundos comunitários para a construção do TGV do qual o Cavaco também é responsável, e os Submarinos do saltimbanco do CDS.
Não entendo o Dr. Mário Soares tem uma pensão paga pela Presidência da República, que ronda os 60 000,00, inferior, à pensão que recebe Santana Lopes da Caixa Geral de Aposentações, para não falar de Cavaco e dos Cavaquistas que têm duas e três pensões bem superiores à do Marocas.
Disto não falam os PSD, perdão, a União Nacional.
Parem de ladrar xuxas da União Nacional, vocês querem é a teta do Estado só para vós.
"(ou do gabinete pago por todos nós)"
Não sei do que te queixas Santa Maria. O teu nojento salário também vêm do meu bolso e não vi ninguém perguntar se me apetecia pagar-te para passares o dia a criar confusão, mexericos e opiniões porcamente fundamentadas em blogs e foruns.
Se tivesses vergonha na cara lavavas a boca antes de falares de Mário Soares.
Muito agradeço a consideração manifestada, sobretudo, pelos Srs. Anónimo, Anónimo e Anónimo. Lamento, contudo, que todas as Vossas presunções relativamente às minhas filiações e à minha situação laboral sejam goradas. Sou um simples cidadão que sente cada vez mais que o problema da democracia portuguesa está nos políticos e, essencialmente, nos partidos políticos. Os portugueses são cada vez mais apanhados no fogo cruzado desta 'chincanagem' política, muito embora a maioria já se tenha apercebido (veja-se a % da abstenção nas eleições).
Não, Sr. Anónimo, por muito que isso o choque, não estou a soldo de ninguém nem sou praticante de seguidismos cegos, tudo o que escrevo ou digo é da minha única e exclusiva responsabilidade.
Não, Sr. Anónimo, descanse, não é o Sr. que paga o meu vencimento.
Espanta-me, contudo, a Vossa assumpção de que o pensamento privado não existe e que cada vez que alguém se exprime o faz em proveito de outrém. Ora, no meu entendimento, a iniciativa privada encontra-se no extremo oposto de qualquer tipo de totalitarismo.
Cordialmente,
NSM
Sobre a pandilha reunida na Aula Magna, e que não esqueçamos a vergonhosa presença de António Costa, fica resumido neste interessante artigo de Paulo Baldaia, Director da TSF entituado "Talibãs da Democracia"
"O que ficou desse dia foi um cheiro a talibãs, daqueles que julgam ser donos da verdade e que podem fazer o que quiserem porque tudo se lhes atura. Felizmente não é assim. De uma forma geral, os portugueses não aprovaram os incitamentos à violência que saíram da Aula Magna e reprovaram a actuação dos polícias que se manifestaram invadindo a escadaria do Parlamento."
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3550508&seccao=Paulo%20Baldaia&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco
Quanto mais invasões de ministérios, quanto mais reuniões dos talibãs nas aulas magnas e afins, quanto mais Sócrates mostra o seu ódio a tudo e todos no comentário domingueiro, mais apoio tem o governo e PR.
De facto, mais manifestações e reuniões de desagrado revelam um maior apoio. Esta corja direitolas já está toda confusa e nem sabem o que dizem.
E não há nada, nada, nem história, nem dados oficiais nem acções nem nada, que defendam este governo e estas políticas. Estão completamente desprotegidos e sós com a vossa narrativa!! E a única razão que mantém este governo e este presidente, visto que não há nem vergonha nem culpa, é a sobrevivência.
António Costa director do DE:
"...a CGTP ultrapassa o Constitucional pela Esquerda, e transforma-se no principal risco de regresso assistido aos mercados e de normalização da vida económica e social do País."
http://m.economico.sapo.pt/inicio/modal/opiniao/artigo/47362113
Eu acrescentaria, além da CGTP (braço do PCP), o PCP e BE, O PS de Sócrates e Costa vs. Seguro Mário Soares ex-PR e as suas acções são a maior ameaça à normalização da vida económica e social do País.
"Normalização da vida económica e social do País", o que é?
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