quarta-feira, abril 29, 2015

A «economia real» de Portas


Já foi um homem obcecado com os pescadores, os lavradores, os deficientes das Forças Armadas, os espoliados, os pensionistas, os contribuintes, etc., etc. A vida política de Paulo Portas foi mudando tanto que, entretanto, se transformou num especialista da «economia real». Na imagem acima, que reproduz o momento da venda da participação do Estado na EDP, lá está Paulo Portas em contacto com a «economia real» — a tal em que os custos da energia, de acordo com o presidente do grupo PSA Peugeot Citröen, são 40% mais elevados do que em França.

Foi para o Governo um murro no estômago que, no documento Uma Década para Portugal, tenha sido proposta a eliminação da redução da taxa do IRC, drenando a diferença para o financiamento da segurança social («IRC social»). António Costa explica por que preferiu diminuir a a contribuição das empresas para a segurança social a baixar a taxa do IRC: «Quando trocamos a descida do IRC por uma alteração da contribuição para a Segurança Social por parte das empresas, estamos a tomar uma medida que em vez de beneficiar só cento e poucas mil empresas beneficia 700 mil empresas – e beneficia sobretudo as pequenas e médias, afinal aquelas que mais necessitam de apoio e também aquelas que mais precisam de possuir melhores condições financeiras para acompanharem o esforço de vencer a crise».

Naturalmente, os problemas aflitivos com que se debatem as pequenas e médias empresas não fazem parte das preocupações de Paulo Portas. O vice-pantomineiro é apenas um especialista da «economia real» que a imagem acima tão bem traduz.

4 comentários :

Anónimo disse...

E hoje, abril 30, no site do DN não há noticias sobre o PS. Nem no INICIO nem em POLITICA... Está já tudo mobilizado para asfixiar....Imagine-se o que poderá vir a ser na internet.

Kenta Viza disse...



E o PS, faz alguma coisa por haver notícias?


Por exemplo, esta (tão importante!) mensagem do Ant.º Costa, sobre o IRC, chagará a quantos votantes que não frequentem o CC?

Anónimo disse...

O Paulinho portas, pode vestir os melhore fatos usar os melhores perfumes do mundo, mas o estilo de feirante ninguém lho tira. O homem da economia real e diplomacia económica que só vende produtos nos países em que o SOCRATES E O VIERA DA SILVA abriu a porta. Nessa foto tem ao lado o seu antecessor que nem pasteis de nata conseguiu vender, além de ter recusado a oferta da NISSAN que causou grandes prejuízos ao pais. Valha me Deus de espingarda quando é que nos vemos livres desta cambada de imbecis que tanto mal tem feito ao pais, são maus em tudo até na aparência, pior que isto só o terramoto de 1755.

AAlves disse...

As pequenas e médias empresas em Portugal tem um número médio de 8 (OITO) trabalhadores. A redução da TSU para as empresas beneficía principalmente as grandes empresas com grandes massas salariais e é um rombo na Segurança Social.