quarta-feira, abril 29, 2015

Vice-presidentes à beira de um ataque de nervos

O documento Uma década para Portugal endoidou o PSD, designadamente a sua comissão política nacional. O vice-presidente Matos Correia, ainda não tinha acabado a sessão de apresentação do documento, já estava a desancar no documento, embora tivesse reconhecido que não o havia lido. A seguir, foi o vice-presidente Marco António a querer incumbir órgãos do Estado de avaliar os programas dos partidos políticos. Finalmente, é o vice-presidente Carlos Carreiras a dar um ar da sua graça.

No panfleto que hoje publica no i, que termina com um vigoroso «Viva Portugal», Carlos Carreiras parece ter perdido o tino. Na linguagem requintada a que nos habituou, diz ele que o PS «é um albergue espanhol» e que o governo PSD/CDS, o tal que foi «além da troika», «corporiza o novo bloco central, do centro-esquerda ao centro-direita». Deslumbrado com as suas próprias opiniões, Carreiras leva o país a soltar uma gargalhada:
    «Impõe-se a pergunta: qual é o cenário macropolítico [sic] de Costa? Com quem se coliga – com o PCP, com o BE, com o Livre, com todos? – para dar ao país a estabilidade que a coligação PSD/CDS oferece?»

É certo que não é de bom tom estragar um momento de humor, sobretudo quando é notoriamente involuntário. Mas a verdade é que, estando a coligação de direita atrás do PS em todas as sondagens, os portugueses gostariam de poder devolver a pergunta ao vice-presidente Carreiras: a direita de Passos Coelho & Portas coliga-se com quem para fazer maioria?

8 comentários :

Anónimo disse...

A pergunta final toca no ponto.

Se a coligação tiver mais um voto ou um deputado que o os tem governo minoritário pela certa com o alto patrocínio daqui que dizem que não manda nada e segura tudo.

Se o PS ganhar com maioria relativa mas perder as presidenciais é um instante para o novo pr realizar eleições e deitar tudo abaixo.

Anónimo disse...

Tendo TODA a comunicação social na mão, a direita está a abafar o PS com a marcação de eventos para o mesmo dia. Isso faz com que a relevância das noticias se desvaneçam já que a enfase é posta nos eventos da direita.
É o que se tem observado desde que foi apresentado a alternativa macro económica do PS. A direita e a comunicação Social estão numa de descredibilização. Isto vai ser muito difícil com a comunicação social. Aguardo as próximas sondagens com curiosidade.

Anónimo disse...

As comemorações socialistas do 25 de Abril foram bonitas, mas a boa notícia desse dia foi mesmo a indisponibilidade do CDS-PP se coligar com o PS.
Não há que ter medo da comunicação social — é preciso é fazer campanha, apresentar ideias, mobilizar as pessoas.

Anónimo disse...

Desde quando uma prostituta está indisponível? Só quando está em serviço.

E quem quer casar com uma prostituta?

Júlio de Matos disse...



Claro. A Esquerda mais uma vez deixará nas mãos dos facínoras o argumento "ou nós, ou o caos".


Por isso é que o PS deveria desde já deixar muito claro que não se coligará COM NINGUÉM à sua Esquerda!


E assim ultrapassará o argumento da guvernalha & C.ia L.da com um ainda mais forte: OU O PS, OU DE NOVO A MERDA ATUAL!


Sem equívocos, nem meias palavras! Que quem derrubou o Governo a 23 de Março de 2011 e estendeu a passadeira VERMELHA aos acólitos do cavaco e do catroga NÃO MERECE CONTEMPLAÇÕES!

ACORDAI disse...



Trise mesmo (e tristemente significativo) é ter de ser o CDS a dizer que nunca se coligará com o PS, quando era o PS que JÁ DEVERIA TER DITO MUITO CLARAMENTE QUE NUNCA SE COLIGARÁ COM OS PARTIDOS DO DESASTRE, pelo menos desde há um ano, por altura do confronto nas Europeias!


E se os socialistas, embevecidos com os seus craques em macro-Economia, pensam que as próximas Legislativas se vão decidir polidamente num seminário de doutores em ciências económicas e não numa ARENA POLÍTICA FEROZ, pois andam mesmo muito iludidos...

Anónimo disse...

Um perigo, este CDS. O Costa que vire à Esquerda ou então que faça como o Sócrates: Confesse-se derrotado e abandone o lugar tal o cenário que se adivinha.

Júlio de Matos disse...



O problema da última pergunta é só um, mas bem grnade: a nova ad não precisa de se coligar com ninguém para voltar ao Poder! Se perder as próximas Legislativas não-antecipadas, vai para a Oposição, com a Comunicação Social toda na mão, mais o aparelho judicial e, ainda, o topo da Administração Central, que está toda infetada de bois e garles, e com a ajudinha de algum novo OKUPA de Belém - e dos habituais desnorteados da extrema-"esquerda" -, ao fim de dois anos assalta outra vez o Pote, entretanto reequilibrado pelo Governo miniritário PS, e manda esse trabalho todo às malvas!


E lá ficamos a penar mais quatro anos. É nisto que apostam os que sonham com a pasokização do PS. Não há nada a fazer...


Ou há?