domingo, junho 14, 2015

O político português mais dissimulado e ronha
que o regime democrático gerou

• Azeredo Lopes, O discurso enfadonho:
    «(…) Atentem no que ensina o presidente: "Há mesmo quem faça da crítica inconsequente um modo de vida, um triste modo de vida", guardando para o fim o mais saboroso, quando zurze nos "profissionais da descrença" e os "profetas do miserabilismo". Mauzito, não é? É. Para o presidente, que importa? Esse é o anátema que lança para ajustar as "suas" contas com quem se atreva a discordar. De quê? Pois, não faço ideia.

    Por outro lado, não deve um presidente ir além daquilo que lhe compete, sobretudo se os conselhos são banais e se, mesmo assim, representam uma ingerência grosseira na esfera de atuação de outro órgão de soberania. Infelizmente, é isso que se nota lá, onde o presidente, com pompa, discorre sobre os quatro objetivos de política económica que "impõe" a quem for ao Governo que aí venha. A verdade é que não imporá coisíssima nenhuma: e mais vem ao de cima a fragilidade e irrelevância da lição doutoral. (…)»

• Carvalho da Silva, Condecorar a troika:
    «(…) Cavaco Silva merece o título de político português mais dissimulado e ronha que o nosso regime democrático gerou. Ele é incapaz de conviver de mente aberta e consciência tranquila com a pluralidade de projetos políticos que se expressam na sociedade e, por isso, a sua nata inabilidade para interpretar e representar todos os portugueses e o seu sistemático recurso a atos mesquinhos com cheiro a vingança.

    Já meio mundo reconheceu o caráter partidário do discurso do PR proferido no passado dia 10, mas o que mais nos deve preocupar - à generalidade dos cidadãos - é a ausência de uma análise sobre os problemas concretos das pessoas, o distanciamento do social enquanto dimensão estruturante das nossas vidas, o seu determinismo em secundarizar as escolhas programáticas que os eleitores quererão fazer nas próximas eleições legislativas e o distanciamento das implicações da nossa condição de membros da União Europeia (UE), exatamente no tempo em que se torna cada vez mais claro que as "soluções" em fabrico para a Grécia contagiarão toda a UE e de forma muito mais direta e intensa, a situação de Portugal. (...)»

3 comentários :

Magus Silva disse...

(Partilhado de Factos e Críticas, de Magus Silva)


o presidente Cavaco Silva que devia ser o Presidente de todos os portugueses e que não é, não teria da minha parte qualquer comentário, não fossem os falaciosos discursos terem sempre na mira., qualquer partido ou líder da oposição, e isso, quanto a mim, ultrapassa todos os limites de imparcialidade, exigível a um Presidente da República.

Ao falar em evitar promessas demagógicas em campanha eleitoral, sem mencionar nomes, atrevo-me a dizer que estava a tentar descredibilizar o actual presidente do PS, que fez duas ou três promessas.

O seu discurso, obscuro como sempre, podia ter sido copiado do discurso do governo, com tudo a crescer, até a dívida pública, esta omissa nos dois falaciosos discursos de estado.

E foi justamente o governo actual na sua dourada campanha eleitoral, que mais promessas fez, promessas que não cumpriria, nem que a sua longevidade chegasse aos cem anos.

O governo até descobriu e muito bem, que não pairam nuvens negras sobre Portugal.

O presidente também deve ter visto céu limpo, quando pronunciou o seu discurso, estando em completa sintonia os dois órgãos de soberania, se acaso ainda temos soberania.

Com uma maioria e um presidente, este governo vai sonhando com um futuro dourado, ou fingindo que é esse o seu dourado sonho.

Talvez Cavaco Silva fizesse melhor em não falar de promessas eleitorais demagógicas, em que o seu governo é campeão.

Melhor seria, para o governo, não reavivar a memória de muitos portugueses, numa espécie de estado de hibernação, tanto foi o sangue que lhes sugaram.

Se fosse instituída uma taça para o pior presidente após o 25 de Abril de 1974, este presidente e o seu protegido governo receberiam a majestosa taça de ouro.

OBRIGDADO SENHOR PRESIDENTE...

OBRIGADO SENHOR GOVERNO...

Anónimo disse...

falar de discurso miserabilista quando este é o maior miserável e miserabilista de todos que existiram no pós 25 de abril, enfim uma nódoa da democracia portuguesa que vai levar muitos anos a erradicar, e da qual iremos sofrer as consequências desastrosas da sua impreparação política e do desmantelamento de um país que levou a cabo enquanto ministro e pr para entregar aos portugueses dos offshores e a americanos, chineses e alemães!

Júlio de Matos disse...



Um imbecil, este cavaco.


Um perfeito e ACABADO R A N H O S O !