sexta-feira, setembro 23, 2005

Correio dos leitores – “Porque é que não fala de outros regimes especiais de assistência na saúde?”

Um leitor enviou-nos um e-mail com a pergunta em epígrafe, tendo-nos encaminhando até aos Serviços Sociais do Ministério da Justiça. Eis outro admirável mundo que se nos abre. Os Serviços Sociais do Ministério da Justiça proporcionam condições especiais na assistência na saúde a juízes, magistrados do Ministério Público, funcionários do Ministério da Justiça e dos tribunais e funcionários da Polícia Judiciária. Mas, esquadrinhando um pouco mais o assunto, descobre-se que os deputados, os ex-deputados e os funcionários da Assembleia da República são também beneficiários do subsistema de saúde do Ministério da Justiça. Às vezes, não é a lei que proporciona o benefício — mas um mero protocolo resolve o problema…

Caro leitor: faz alguma ideia de quantos pessoas beneficiam deste subsistema? Mais de 100 mil, das quais mais de metade não são os beneficiários titulares. Que mais iremos encontrar?

18 comentários :

Anónimo disse...

os juizes e delegados do MP estão em todas .... é só sacar ....

Anónimo disse...

Este blog presta cada vez mais um serviço público inestimável.
Bem-hajam.

Freddy disse...

Mamonas assassinas...Q escândalo...

Abraço da Zona Franca

Anónimo disse...

cada escavadela, cada minhoca !!!!!!!!!!

Anónimo disse...

O José mal saia do seminário do MP já entra aqui aos tiros. Vai demonstrar que é tudo demagogia barata e que desde o tempo dos Romanos que a Magistratura tem direito a uma assistência na saúde condigna.

Anónimo disse...

Estou sem palvras.

Boa noite

Anónimo disse...

Fico revoltado com tanta rebaldaria.


Dasse! Dasse! Dasse! Dasse!

Anónimo disse...

Foda-se !!!!!!!!!!! Digo mesmo

Anónimo disse...

Agora não percebo...
Se são os Serviços Sociais do Ministério da Justiça não queriam que lá estivessem juízes e delegados?
Queriam quem então? Por acaso querem que eles não fiquem lá, mas sim guardas prisionais, técnicas do IRS e outros.

"Ahhh, assim está melhor, já não vão lá estar lá juízes e delegados porque esses não merecem viver..."

Mas sobre o facto de lá estarem deputados e afins nada dizem.
Claro, coitadinhos, os Serviços Sociais do Ministério da Justiça devem ser mesmo para eles, como o nome indica.

Anónimo disse...

Mais do mesmo neste retângulo a beira mar plantado

Anónimo disse...

Mas porque raio continuam a fazer comentários neste blog de ressabiados?

Quanto mais comentam, mais eles se julgam gente!

Anónimo disse...

Alguém quer explicar o que têm os deputados, ex-deputados, funcionários da Assembleia da República e afins a ver com o Ministério da Justiça?
É esse o tema do post, ora leiam...

Anónimo disse...

os magistrados, quando é para receber, são funcionários do ministério da justiça ?

é para o que dá jeito ?

Anónimo disse...

Apesar de estar longe de defender um Estado Mínimo, tenho lido este blogue com muito interesse, por parecer-me que grande parte dos males da nossa sociedade advêm precisamente da manutenção, quer no Estado, quer na chamada sociedade civil, de interesses corporativos profundamente lesivos do interesse público. A denúncia desses interesses neste blogue parece-me, pois, constituir um verdadeiro serviço público, pelo que os seus autores estão, quanto a mim, de parabéns. Fico, no entanto, quase sempre com uma irritante impressão de insuficiência ao ler os posts deste e de outros blogues, por desconfiar que, na maior parte dos casos, nada de prático resultará das situações denunciadas, esquecidas que rapidamente serão na voragem da agenda mediática. Espero não ser mal interpretado, não tenho qualquer vocação justicialista, mas pergunto-me se seria exigir demasiado que, pelo menos nos casos de flagrante ilegalidade, quem ocupasse cargos públicos fosse penalizado pelo não cumprimento das regras do Estado de Direito. Não será um direito que nos assiste fiscalizar e esperar o cabal cumprimento dos deveres inerentes a esses mesmos cargos públicos? Ou esgotar-se-ão esses direitos nos actos eleitorais? Faço estas perguntas a propósito da recente dispensa de serviço feita pelo PGR, aparentemente de forma ilegal, a todos os magistrados do Ministério Público para participarem naquilo que só pode ser descrito como uma iniciativa de carácter sindical, — mas, infelizmente, muitos outros exemplos poderiam ser dados de incumprimento da lei, com prejuízo evidente do interesse público, sem que nada aconteça aos prevaricadores… Não haverá instrumentos legais para que os cidadãos possam obrigar as autoridades competentes a actuar em defesa do interesse público, quando estas parecem ignorar ostensivamente os atentados a que aquele está diariamente sujeito? E não seria a «blogosfera» um meio ideal, não apenas para recolher e partilhar informações, mas também denunciar situações de inaceitáveis privilégios e abusos da lei, forçando legalmente as entidades competentes a actuar no sentido da moralização da vida pública?
Enfim, aqui há tempos, Pacheco Pereira lembrava o significado que o pecado mortal da preguiça ou da acédia tinha para a Igreja: o de aceitar, o de encolher de ombros, sem dizer nada, perante o que se sabe estar mal. Bem-hajam por não serem «preguiçosos»…

H. Sousa disse...

Senhores magistrados e outros ofendidos por este blog e por alguns comentadores-provocadores: aconselho-vos a não comentar os artigos deste blog. Não se deve responder a provocações cuja finalidade é de rebaixar os que desempenham uma função social útil, sem tocar no estatuto dos que, mais do que inúteis, são prejudiciais.

Como exemplos de inúteis que a sociedade recompensa de forma choruda e sem contestar, passo a citar:

jogadores profissionais de futebol,

apresentadores de programas desinstrutivos e aviltantes,

administupores,e não só, das empresas públicas

governantes corruptos,

traficantes de droga,

traficantes de armas,

pedófilos e demais criminosos.

Anónimo disse...

Ex-deputados também????

Anónimo disse...

Aqueles srs. que fizeram só uma perninha em São Bento tb têm direito a esta regalia?

Os advogados dos grandes escritórios de advogados bem precisam, acho eu. Coitados.

Anónimo disse...

Afinal, a lei deve ser igual para todos e todos os funcionários do Estado devem ter os mesmos direitos ou a lei não deve ser igual para todos e os funcionários não devem ser todos iguais? Ou todos iguais, todos iguais, sim, desde que alguns sejam mais iguais do que outros?

Qualquer pessoa de bom senso achará que todos os funcionários do Estado deverão ter os mesmos direitos quanto a cuidados de saúde, e que a prestação desses cuidados deveria ser assegurada pela ADSE (ou outra qualquer entidade para o mesmo efeito). Pelos vistos, uns têm os serviços básicos (ADSE) e outros têm os serviços básicos mais serviços complementares. Onde está a moralidade?

E se os tais serviços complementares não têm custos para o erário público (via orçamento) nem para os utentes dos tribunais (via taxas e emolumentos) e são apenas suportados pelos magistrados e outros funcionários do Ministério da Justiça (ou de outro qualquer Ministério), porquê esses funcionários preferem atribuir o fornecimento desses serviços complementares a uma instituição do Estado? Mistério!!!

Porque não compram esses serviços complementares a qualquer seguradora ou empresa especializada na prestação dos ditos? Mistério!!!

Ora, os senhores magistrados (judiciais e do ministério público) deveriam tentar convencer-nos das razões pelas quais uns funcionários devem ter direito apenas a serviços básicos e outros (os magistrados, mas, pelos vistos, não só...) devem ter direito a serviços básicos mais serviços complementares, em vez de virem aqui lançar insinuações ou acusações não directamente ligadas com a crítica à existência desta situação priviligiada e inadmissível. Demonstrem-nos, se faz favor, que esta não é uma situação priviligiada em relação à esmagadora maioria dos funcionários do Estado. E façam-no sem apontar como argumento a existência de privilégios de que outras corporações possam usufruir, porque do que aqui se trata é de demonstrar se os privilégios têm qualquer razão de ser ou não.