Comentário — Só 12 por cento dos juízes portugueses frequentam acções de formação e actualização. É o segundo pior resultado! Desastroso, quando comparado com as elevadas percentagens dos restantes países, que em muitos casos chegam aos 100 por cento.
terça-feira, outubro 25, 2005
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13 comentários :
Fabuloso. Não vi no manifesto de greve os magistrados pedirem mais formação. Os órgãos de soberania não se sentam numa sala de aula.
Os 12% devem corresponder aos que saíram do CEJ nesse ano. Os demais já sabem tudo...
Os restantes estão tão ocupados em tratar dos milhares de processos que têm, que, infelizmente não podem frequentar cursos de formação.
Quem dera...
Já agora, depois de ver os quadros todos que estão a colocar e que já toda a gente sabe que são falsos, tanto mais que a pessoa que forneceu tais elementos por parte do Ministério da Justiça é agora dada como com paradeiro desconhecido (porque será...), e a altura de os colocar, pergunto, faz assim tanto medo aos que aqui andam, braço armado do governo, a greve dos Juízes?
Fico pelo menos contente de saber que vão ter ajuda para este blog, já que tendo em conta o DR de hoje, o Exmo. Ministro da Justiça nomeou para o seu gabinete uma assessora para a manutenção dos conteúdos da página oficial do Ministério da Justiça (e esta certamente):
Remuneração: 3254 euros por mês, 14 vezes por ano.
Já agora, ganha mais do que os juízes deste país!!!!!!!!!!!!!
Mentira. Os Juízes ganham entre 6000 e 7000 € por mês.
A falta de formação dos juízes já era óbvia no teor dos comentários feitos ao trabalho sério do Abrantes.
A falta de formação dos juízes já era óbvia no teor dos comentários feitos ao trabalho sério do Abrantes.
Desculpem a repetição, não sou o maluco que anda por aí.
Os juízes sempre reclamaram da falta de acções de formação.
É ESTA UMA DAS RAZÕES INVOCADAS PARA A GREVE, Sr. Abrantes
O Conselho Geral da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, reunido na sua sede nacional, em 24 de Setembro de 2005, no ponto 9 dos fundamentos da Greve (que se prendem com a independência dos tribunais), entendeu:
«9 - Essa independência deve abranger, inclusivamente, a área de recrutamento e de formação inicial e contínua dos magistrados judiciais, revelando-se útil a sua previsão legal no quadro da tão desejada e necessária Lei Orgânica do C.S.M, há muito tempo preparada.
10 - É a independência dos tribunais que separa uma maioria absoluta de um poder absoluto»
Para o anónimo das 5.54h.
Ó homem, onde é que foi buscar que os juizes ganham isso?
Quem dera.
Mas diga de onde lhe veio essa informação porque às tantas estou a receber de menos...
Olhe que sim, meu amigo, olhe que sim... eu ía-me informar bem nio seu lugar.
oh, os magistrados devem rever a sua comunicação, não sabia que a greve era pela formação profissional, nunca ouvi nenhum representante dizê-lo, pensava que era só mesmo pelo pé de meia: regalias da aposentação e da saúde. Peço desculpa.
Olhe meu caro, se eu andasse em cursos de formação contínua quem é que despachava os meus 2600 processos? Quem fazia os meus julgamentos. Pensa que não gostava! Mas posso-lhe garantir que não tenho medo de competir (e aprender, pois também sei ser humilde)com o mais ilustre advogado ou jurista em qualquer ramo do direito que aplico (obrigações e contratos, reais, incluindo águas, família e menores, sucessões, comercial, falências e agora insolvências, direito societário, bancário,arrendamento urbano e rural, expropriações etc...) nem com os meus colegas de outros países, que segundo a estatística frequentam mais cursos e com quem convivo (estamos no MEDEL e na UIM), com quem me correspondo, que nos visitam anulamente (AMB). Sabem quanto ganham os Juízes Brasileiros? Um J. estadual ou federal? e um ministro? (Juiz das instâncias superiores tem tratamento de ministro). Será que têm carro? Será que têm chauffer? Têm secretário e acessor? Café fruta e bolinhos no serviço e quem os sirva?
E os Juízes em Portugal?
Será que a população pensa que recebemos uns dinheirinhos por fora? Uns frangos e uns perus, quiçá uns cabritos, ou um cognac? Que temos desconto na compra do carro e depois pagamos na mesma moeda quando o vendedor tiver uma acção em Tribuna!!!
Sabem quem paga a minha formação? Eu.
Sabem quando é que eu estudo?
Nas ditas férias, à noite, ao fim de semana, etc.
Sabem quem me dá os livros?
Ninguém, compro-os.
Sabem quanto gasto em livros?
Se não sabem é porque não os compram, mas anualmente e apesar de já ter uma biblioteca considerável, nunca menos de mil euros por ano.
Isso não querem saber pois não!
Deixem-me rir...
Nunca mais vou trabalhar como trabalhava, não pelo governo, porque os governos mudam, mas pelos cidadãos do meu país, o povo em nome do qual administro a justiça, em nome do qual não falto mesmo quando doente,não dedico fins de semana aos meus filhos.
O que está em questão não é mais dinheiro. Não reivindicamos nada. Apenas não quero perder, como qualquer cidadão, aquilo que honestamente ganho e a segurança que me levou a optar por esta carreira e não por outra que me daria mais dinheiro (segurança na velhice e na doença). Não posso trabalhar em mais nada, nem sequer ter uma lojinha, mesmo que a herde (não posso exercer o comércio seja onde for). Os deputados podem continuar a advogar e a pertencer a não sei quantos conselhos de administração, terem as lojas que quiserem e ainda darem umas aulinhas. Os médicos podem trabalhar em dois hospitais, 3 clínicas e acumularem por inteiro os vencimentos. Qualquer enfermeira parteira que trabalhe em dois hospitais públicos, conjugando as noites e as folgas ganha mais do que um juiz com 20 anos de serviço! E ainda faz uns partos na clínica tal e dá umas aulas de preparação para o parto não sei onde...
Mas os Juízes é que são uns privilegiados.
A continuar este desalento generalizado entre os juízes, os portugueses vão finalmente ter a justiça que merecem.
Peço desculpa, mas continua a ter "segurança na velhice e na doença". Simplesmente nos mesmos termos em que a tem qualquer funcionário público. Para todos os efeitos, o Sr. Juíz continua a ter um rendimento superior, que melhor que a qualquer funcionário público lhe permitira, se assim o entender, contratar seguros de saúde ou ou recorrer à medicina privada. Quanto ao seu esforço e dedicação ao trabalho é tanto mais meritório quanto raro.
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