“Nos últimos trinta anos as corporações de professores, médicos, enfermeiros, farmacêuticos, magistrados e tantas outras, aproveitaram-se da imaturidade da nossa democracia para construírem, Governo a Governo, uma teia de poderes cujo principal privilégio é o da impunidade perante o erro grosseiro ou o laxismo. Foi extraordinária a forma como se montou um sistema em que, por exemplo, qualquer mau professor chega com tranquilidade ao topo da carreira não há qualquer forma de avaliar o input que ele introduz no sistema (as competências com que os alunos se apresentam aos anos seguintes), tal como não vão ter a mínima consequência na carreira seja de quem for os erros dos magistrados no processo de Felgueiras que, há uma semana, foram tornados públicos.”
33 comentários :
As corporações não são um exclusivo de juízes, professores, enfermeiros, etc.
No sector dos comboios a corporação é dirigida por Mário Lino e Ana Paula Vitorino, colocando professores nas Administrações da CP e REFER, mantendo "meninos" vindos do consulado Mexia, com ligações ao nível das amizades, que nada têm a ver com a boa gestão da causa pública.
Depois admiram-se que B.Sobral, e outros, venham para a TV gozar-lhes na cara.
A tasca vejo que continua com a mesma qualidade. Força Kamaradas, vai mais um copo ?
As cabeças pensantes e algumas ate brilhantes, não "moram" cá.
Ninguem atura a incompetencia.
Tambem confesso, se fosse bom, tambem cá não estava.
vai mais um copo?
Esqueceram-se dos advogados???? Que "trabalham" em inumeros sitios ao mesmo tempo e raramente pagam impostos?? O problema não é só os impostos que não pagam mas como V. Exas. estavam a falar dos SSMJ, que oneravam o estado, então podiam-me explicar se a verba que sai das custas dos processos que o povo paga, como diz o governo esquecendo que alguem trabalha nesses processos, essa verba que sai para a Caixa de Previdencia dos Advogados e Solicitadores - CPAS, que em 2004 orçou em cerca de 7 milhões de euros!!!!! sem contar com os milhões directos para a ordem dos advogados.
Como é possivel ao governo alimentar esta corja que foge ao fisco a olhos vistos????? Já para não falar no milhão e 200 mil euros que o ministerio da justiça paga por ano pelo aluguer de 3 tribunais em Lisboa e que pertencem ao CPAS!!???
Isto não é uma corporação????
A mesma corja que atrasa os processos conforme o seu interesse refugiando-se nas leis que eles mesmo como legisladores em comissões da AR fazem.
Esses sim são a corporação mais inutil (pois não produzem nada para o desenvolvimento do pais) que pode existir. E se eles fogem ao fisco...
O problema principal nem está em saber se ganham muito ou pouco, está no estado geral a que o seu desempenho conduziu a nossa justiça ou o ensino. O maior e mais perverso dos privilégios é o da impunidade da irresponsabilidade.
Que parece ultrapssar todos os limites quando para efeitos de trabalho e de televisão promovem greves e para efeitos salariais aparece o vogal do Conselho Superior da Magistratura a dizer que trabalharam em casa.
Força Miguel, continua e não te esqueças das outras corporações
Atesta do estado da nossa justiça que quando os processos não acabam em grandes embrulhadas inconsequentes, acabam em prescrições ...
Será da independência? Da falta de controlo de qualidade.
Dizem-me que nas escolas, os professores de substituição estão a dar verdadeiras aulas de subversão.Esta gente tem mesmo espírito profissional.
Na escola da minha filha, a professora de substituição obrigou os alunos a escreverem uma carta à ministra... contra as aulas de substituição. Admito que o professor preferisse andar a laurear a pevide nas horas em que estão a ser pagos com os ordenados de todos nós, mas considero que não possui qualquer idoneidade profissional.
No caso da justiça, função de soberania, estamos nas mãos deles. Nas escolas, estão somente a por em causa o ensino público. Porque numa escola privada isto não seria admitido.
Acabe-se com o ensino público.
E depois o povo que se lixe. Só alguns é que se podem dar ao luxo de pagar colégios
É estranho ver sempre o PC ao lado dos parasitas do estado social.
Por isso é que os opostos se unem: a direita é contra o estado social e a esuqerda conservadora alimenta todos os germes que levarão à falência desse estado.
Ó Abrantes, estes gajos agora deram na filosofia. Porradaria neles.
Eu ainda tenho uma dúvida. Vão ou não descontar o dia de greve?
Dizem-me que em Aveiro há uma meia dúzia de casas de juízes vagas porque eles preferem o subsidio de habitação. Investiga lá ó Abrantes e diz-nos. Já agora vê lá se usam o subsídio para pagarem o empréstimo para a casa própria.
E já que estás com a mão na massa, vê lá se pagam impostos sobre essa massa. Como todos nós.
Diz o Expresso que Baptista Coelho - o sindicalista dos juízes - é especialista em assuntos laborais. JÁ TINHAMOS TODOS PERCEBIDO. O Expresso anda redundante.
"Perante a grande adesão à greve, a associação sindical continua disposta a negociar, mas lemra ao Governo que é necessário tirar consequências" Expresso, p. 3.
PODEM COMEÇAR COM OS DESCONTOS NO SALÁRIO..., como acontece com todos os outros. Ou será que estiveram a trabalhar em casa? Como fazem nas férias judiciais...
A independência judicial só se justifica para salvaguardar a função judicial. Não pode ser um instrumento para tapar os erros grosseiros e as faltas de serviço dos magistrados. Se o CSM se limitar a ser um fantoche corporativo e dessa forma puser em causa a dignidade da própria justiça, então terá de ser profundamente revisto.
A propósito de leituras...
«Portugal já viu de tudo: um primeiro-ministro mandar o povo à “bardamerda” e um Governo fazer greve.
Um Presidente passear montado numa tartaruga e andar encarrapitado num elefante, de turbante à marajá...
Um ministro vestir o casaco e juntar-se a uma manifestação contra o seu ministério.
Um Presidente interceder junto de outros Chefes de Estado por acusados de narcotráfico.
Deputados negociarem bilhetes de avião pagos pelo contribuinte.
Este mesmo Portugal desregrado mostra agora composta perplexidade por juízes recorrerem à greve para defenderem direitos adquiridos e a sua independência.
Com a desinformação galopante, os juízes não conseguem justificar a justeza da greve nem explicar que as férias judiciais não são as férias dos juízes, nem mostrar que estão a ser vítimas de afrontas.
Titulares de órgãos de soberania, os juízes são igualmente trabalhadores por conta de outrém e dispõem dos direitos de todos os trabalhadores, entre os quais o de fazerem greve. Não vai ser esta greve que atrasa o andamento da justiça. Nem mostra os juízes em figura mais triste do que algumas que aqui se recordam, de titulares de outros órgãos de soberania...»
Joaquim Letria, Jornal 24 horas, 28/10
Só gostava de saber se fizeram greve ou se ficaram a trabalhar em casa, como diz o outro do CSM.
Diz-se ali "não vai ser esta greve que atrasa o andamento da justiça". PUDERA, JÁ ESTÁ TÃO ATRASADA - COM TRABALHADORES TÃO DILIGENTES.
Uma boa cópia, com ideias interessantes...
"Nos últimos trinta anos as corporações de professores, médicos, enfermeiros, farmacêuticos, magistrados e tantas outras, aproveitaram-se da imaturidade da nossa democracia para construírem, Governo a Governo, uma teia de poderes cujo principal privilégio é o da impunidade perante o erro grosseiro ou o laxismo."
Tenho dúvidas que tenha sido o laxismo a conduzir a tal: a incompetência, o "ajuda o amigo" (ou familiar próximo...) e a comparação "por cima" de casos similares...
"Foi extraordinária a forma como se montou um sistema em que, por exemplo, qualquer mau professor chega com tranquilidade ao topo da carreira não há qualquer forma de avaliar o input que ele introduz no sistema (as competências com que os alunos se apresentam aos anos seguintes)..."
É verdade em relação aos professores, o bom e o mau, até agora, progrediam com facilidade na carreira. Culpa de quem? Do Ministério, dos Sindicatos, do laxismo...
É claro que é impossível continuar com tal situação, embora os professores com poucos anos ficam francamente prejudicados relativamente aos mais velhos...
Agora, dizer que "... nas escolas, os professores de substituição estão a dar verdadeiras aulas de subversão. Esta gente tem mesmo espírito profissional", como diz o anónimo de Dom Out 30, 08:38:47 PM, é pegar nos professores e meter tudo no mesmo saco... uma borrada... Os professores são um grupo muito heterogéneo, com formações muito diversificadas e com trabalho desigual (um professor de Educação Física ou de Educação Visual não tem testes e a preparação de aulas é reduzida, enquanto que um de Matemática ou Português tem muito mais trabalho e as horas que lhe são pagas não chegam para o que efectivamente faz...). Impostas as horas de substituição, mal explicadas, não pagas, é natural que alguns professores tenham pegado nelas e virado o prego...
Depois vem outro anónimo (sempre anónimos...) dizer: "Na escola da minha filha, a professora de substituição obrigou os alunos a escreverem uma carta à ministra... contra as aulas de substituição. Admito que o professor preferisse andar a laurear a pevide nas horas em que estão a ser pagos com os ordenados de todos nós, mas considero que não possui qualquer idoneidade profissional." QUAL ESCOLA...? Eu também ouvi dizer muita coisa (conheço muitos mitos urbanos...) e vi uma turma (como é natural...) fazer, por sua auto-recreação, uma abaixo-assinado contra as aulas de substituição (que eu pessoalmente, acho úteis e, se, a Ministra tivesse planeado tudo como deve ser, importantes para os alunos). Agora acusarem os professores "disto" e "daquilo" é o mesmo que, a coberto do anonimato, mandar atoardas sobre uma pessoa ou um grupo, sem provas e sem verdade, como já vi fazer neste Blog...
Justiça seja feita: quando se fala dos privilégios dos magistrados uns vêm com a independência outros com a tasca. Até parece a mesma coisa. Ao que isto chegou.
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http://vickbest.blogspot.com/
Blog de um Magistrado do Ministério Público perseguido pelo PGR gato constipado
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O M Abrantes, então a única coisa que fizeste foi o "leve tropeção" ? Força nas canetas, homem, tens tudo para ir mais longe.
Abrantes a PR. Não ficava pedra sobre pedra, no conjunto destes privilégios silenciados das corporações.
Não só lá chegam, como por lá ficam dezenas de anos, as caras nossas conhecidas.
Com tanta gente a querer trabalho as corporações zangam-se precisamente por serem posta a trabalhar.
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