Um leitor enviou-nos um e-mail a propósito do congresso dos juízes, no qual faz várias considerações a propósito de uma notícia da SIC que dava conta de que a “Associação Sindical dos Juízes Portugueses pediu à Microsoft para desenvolver um sistema tecnológico integrado para os tribunais. A associação de juízes quer, assim, contribuir para a reforma do funcionamento da justiça em Portugal.”
Eis o e-mail do leitor:
Eis o e-mail do leitor:
- “O Congresso dos Juízes foi patrocinado pela gigante do software Microsoft. Os juízes anunciaram uma parceria com esta empresa tal como se pode comprovar aqui.
E anunciaram um plano “Tribunal XXI” para os Tribunais.
Perante isto algumas questões se colocam:
Mas são os juízes que decidem o que diz respeito à informatização dos tribunais!? Esperemos bem que não...
Não é o Ministério da Justiça quem deve assegurar esta informatização?
E não é a Microsoft parte interessada no processo de informatização? Se assim é, o conluio dos juízes com esta ou outra empresa constitui uma forma de lobby muito reprovável!
E fica ainda por esclarecer:
A Microsoft patrocinou o congresso dos juízes? Em que termos?
E se de hoje para amanhã um dos juízes “patrocinados” tiver que decidir uma causa em que a Microsoft for parte? Não deveriam os juizes zelar por uma maior independência, evitando promiscuidades que em nada os beneficiam?”
Para simplificar a questão, não tomemos posição sobre a qual a entidade que deve conduzir o processo de informatização dos tribunais. Mas, relativamente à “escolha” da Microsoft, está a Associação Sindical a privilegiar objectivamente um concorrente, que seria impingido ao Estado sem concurso público. Partindo do princípio de que a União Europeia fazia de conta que não via o elefante a passar a fronteira (porque estará muito provavelmente em causa um negócio cujo preço exige um concurso público internacional), como é que os juízes no futuro decidiriam se estivessem perante uma situação em que um departamento do Estado tivesse adquirido bens ou serviços sem a realização de concurso público?
46 comentários :
Não só, mas como tambem a escolher e a preveligiar um fornecedor e a dar as redeas da negociação ao mesmo.
é uma falta de sentido comercial de pessoas reponsaveis.
nunca mas nunca se deve dar o "poder do preço" a quem vende, esse, tem de estar no lado de quem compra.
temos capacidade de fazer os nossos proprios programas informaticos.
Ja nos chega o negocio do medicamento.
Uma coisa é certa, quem vai ter pagar é os impostos de quem trabalha por contra de outrem, não esquecer.
Esta de um órgão de soberania INDEPENDENTE ser patrocinado por uma marca interessada num negócio que envolve os patrocinados é muito interessante...
Aos juizes não se pede que façam negócios com entidades que os patrocinem. Pede-se apenas que façam andar os processos. TRABALHEM. Trabalhem apenas no que lhes diz respeito.
Temos que chamar o juiz Bartazar Garçon para pôr esta gente na ordem.
Se isto não é corrupção anda lá muito perto.
Tenho grande curiosidade de saber em que consistiu este patrocínio.
E se algum tribunal for chamado a resolver um litígio em que é parte a MICROSFOT, os nossos juizes serão verdadeiramente independentes?
O problema é que esta gente acha que por ser independente não tem de prestar contas a ninguém, não é responsável por nada.
A independência desta malta é só para o que lhes convém.
Será que esta do patrocínio da Microsoft também estava nas cartas que o Cluny foi levar à ONU?
Afinal o que é que a Microsoft pagou?
Será apenas um patrocínio de simpatia?
A ASJO está de cabeça perdida. O pior é que é muito imprudente.
Isto está ficar tal qual a Colômbia, o Burquina Fasso mas muito mais caro:
Aqui os contribuintes têm até de pagar aos patrocinadores dos abutres.
um avergonha isso é que é!
e a arrogância destes senhores'
E o PR foi lá falar...ao patrocínio da Microsoft...
Não me façam rir por favor!
PS: O facto de m,uitos comentadores se assinarem com anónimos quer dizer o quê?
têm medo?
Têm telhados de didro?
também não pagam impostos?
Sejam coerentes e identifiquem-se !
P*ode ser que os juizes chamem toda a gente a depor e vai ser chato só alguns terem esse privilégio....
E quem patrocina a CC e o "Miguel Abrantes"...?
é a alcaeda .... de certezinha ....
- Domingo, 27 Novembro 2005 - 00:00
Subsídio de Natal a gestores exonerados
Quatro dos cinco administradores exonerados pelo ministro dos Transportes por “violação de deveres” assumiram os seus contratos de trabalho na CP e na Refer e já receberam os seus primeiros ordenados e os subsídios de Natal, apurou o Correio da Manhã junto de fontes do sector.
Descobri finalmente o que é a Independência dos Juízes: decidir uma acção entre o Estado e a Microsoft.
O patrocinio da Microsoft também será uma prenda investigável????
É necessário averiguar todos os contratos desta empresa com o Ministério da Justiça antes que prescrevam.
Será que os senhores que julgam toda gente não se interrogam que o patrocínio empresarial coloca em causa a sua independência?
A mulher de César tem de ser séria e de PARECER também.
Adorei a frase do aldrabão Batista Coelho: "não encomendamos manchestes de jornais". É tecnicamente correcto! O que eles encomendam são capas inteiras!!
O nãso pagamento de impostos como todos os portugueses; viagens promovidas pelo sindicato durante o tempo de serviço; greves não declaradas; patrocínio de empresas potenciais litigantes... Esta gente tem vergonha na cara?
Cidadãos, ninguém se lembre de pôr a microsoft em tribunal. Há patrocinios pelo meio...
Os juizes não vão à janela, vão ao windows...
Para além de tudo o que parece, não haverá aqui também uma violação do princípio da separação de poderes?
Se há violação do princípio da separação de poderes, então está em causa o estado de direito. Mais uma razão para o cluny ir entregar umas cartas à ONu.
Os gajos estão mesmo habituados é ao imobilismo, à inércia e ao ócio (o estado da justiça demonstra-o). Agora que esperneiam para defender as mordomias vê-se que quanto mais se mexem mais se enterram.
Só falta agora é o Conselho Sindical da Magistraturua vir dizer que, tal como a greve a trabalhar em casa,é legal.
Alguns dos que escrevem nesta caixa de comentários dizem que em todas as profissões há bons e maus.
O que espanta nesta classe profissional é que todos estes tristes casos e exemplos estão generalizados e são corporizados ao mais alto nívele pelas estruturas representativas.
Não foi um juiz isolado que foi patrocinado por um potencial litigante. Foi um congresso de profissionais onde falaram os mais altos representantes da magistratura e provavelmente organizado pelo sindicato.
É isto que é triste. É isto que assusta.
É o que se chama uma magistratura... de influências (da microsoft)
Para uma instituição em que a INDEPENDÊNCIA é encarada como algo tão frágil - a simples marcação de uma consulta num centro de saúde para certo dia e hora é um condicionamento de independência - é espantoso que o patrocínio de uma empresa (e que empresa)não cause qualquer sensibilidade.
Não há almoços grátis!
E por falar da microsoft... que interesse poderia ter uma câmara de Cascais em ceder terrenos a baixo custo a uma cooperativa, que tinha o Cluny como presidente da mesa... Pode ser tudo normal... mas todos nós temos o direito de confiar que as acções e omissões de certas profissões não têm nada...
Abrantes põe aqui a notícia da Visão.
Não propuseram nada ao Ministro para a grave crise que a justiça atravessa, todos dizem isso a começar no PR. Os processos amontoam-se, s prescrições, a corrupção dentro da propria PGR, Vêr uma alta funcionaria preso. Isto foi o que foi apanhado, fora o que não se sabe.
Haja o que houver, a partir daqui ninguem vai dormir descansado, com esta Justiça.
Estiveram 400 juizes, mas eles são 1700, haja fé no resurgimento de uma nova gente.
Lêram o relatorio da Mª de Fatima Mata Mouros? pois leiam.
Em vez de termos a Justiça ao lado do povo e do País, não senhor, adoptam a "politica" de quanto pior melhor.
O governo não faz mais do que dizer aquilo que todos achamos que está mal, em muitos de nos sentimos na pele o deslacabro de protelar da justiça que reclama.
Podem ganhar esta guerra, para mim deram um exemplo igual aos delegados da propaganda medica, sendo estes a sua profissão, o que se compreende.
Tenham coragem senhores e senhoras Juizes e Juizas peçam a demissão da profissão que abraçaram, abraçem outra.
a Bayer esta a pedir delegados de propaganda medica.
São capazes de ser em aceites.
Só em Portugal
Está bem visto. Com as limitações impostas à presença de delegados de propaganda médica nos hospitais, ainda vamos ver nascer uma nova categoria de delegados de propaganda nos tribunais (com direito a brindes).
Está tudo podre. Se um Magistrado tem um AMIGO é acusado de corrupção. Mas se toda a CAMBADA é "amiga" (leia-se, é apadrinhada) pela Microsoft, até o PR lá vai abençoar a ligação perigosa. É a cultura "mediterrânica". Os "senhores", os clientes, os escravos e os libertos. E, depois, ainda têm a lata de falar em "independência". Que pouca vergonha e falta de pudor e de honestidade.Mas, para a Cambada, a falta de "justiça" é porque há falta de meios (donde a Microsoft a apoiar)ou falta de Leis (não há lei que ensine o pudor ou a honestidade quando a lei é aplicada pelos corruptos declarados). Porrada neles Abrantes, que estás a fazer um verdadeiro SERVIÇO PÚBLICO. Denuncia os criminosos com linguagem de "anjos" mas que são "diabos" que matam os verdadeiros Anjos.É a luta entre o Bem e o Mal. Essa cambada está do lado do Mal. Denuncia o Mal, Abrantes, e deixa a canalha espernear.
Temos de combater este estado de um justiça cada vez mais MICRO e cada vez mais SOFT.
Abaixo a JUSTIÇA MICROSOFT.
À mulher de César não basta ser séria; tem de parecê-lo. Pois se tal afirmação é verdadeira, então deverá quem patrocina tão honorável blog investigar as relações mais do que duvidosas entre a empresa [Deloitte]que forneceu ao Estado o SITAF - aplicação que permitiu a desmaterialização dos processos pendents nos Tribunais administrativos desde 1 de Janeiro de 2004, mas que não funciona, muito embora tenha custado ao Estado Português vários milhões de euros - e um alto elemento do Ministério da Justiça.
Talvez assim se compreenda melhor que, no fundo, o patrocínio da Microsoft ao Congresso dos Juízes, embora discutível, não passa de um rato perante uma grande montanha.
Claro,mau caro, quando aqui se aplica a justiça, abranje todos os interesses.
Não há filhos da mãe da balança e outros, filhos de pai desconhecido.
O dinheiro custa muito a ganhar.
A justiça é um bem que não se compadece com cooporações e favores de qualquer especie.
Se sabe alguma coisa da Delloite, força, não se envergonhe
queria dizer; Meu caro
É de ter medo desta gente que está completamente afastada do cidadão comum pagador de impostos.
E à medida que os ficamos a conhecer melhor mais medo temos.
Quanto ao post publicado pelo Sem Sono julgo que num país decente o MP já estaria a tratar desta vigarice pretensamente legal. Mais uma vez o crime compensa.
THE ECONOMIST, November 26th-December2Nd 2005
MICROSOFT´s NEWS MARKETS, Special Report. Juízes on line!
O problema reside no ITIJ e em quem faz contratos em nome do Estado para a área da informática no Ministério da Justiça.
Sobre isto é que seria importante uma inspecção a sério...da Direcção Geral da Administração da Justiça.
Há alguém capaz de a fazer ou o tempo é só para blogar?
SE O JUIZES FIZESSEM O TRABALHO QUE LHES COMPETE, OS PORTUGUESES AGRADECIAM E PORTUGAL DARIA UM PASSO DE GIGANTE, AGORAS NEGOCIOS ? ISTO É O QUE SE CHAMA UM " REGABOFE "
PORQUE É QUE O GOVERNO NÃO COMEÇA A FAZER JULGAMENTOS ?
ISTO ESTÁ BONITO.....
UM ABRAÇO
"SEM PALAVRAS"
http://latf.blogs.sapo.pt
Deixem de ser falsos.
A Microsoft foi uma das convidadas para desenvolver uma tecnologia, que in locu foi constatada poder ser o futuro para os Tribunais portugueses.
As outras empresas convidadas, inclusivamente de software livre, não quiseram responder. Não quiseram concorrer com a microsoft.
Que eu tenha conhecimento não houve qualquer patrocínio da microsoft com o congresso dos juízes. Apenas disponibilizaram em tempo real a tecnologia que desenvolveram como exemplo do que pode ser feito. Se isto é patrocínio...
Já agora, convém dizer que actualmente, os computadores de todos os organismos do estado têm instalado software da Microsoft. Afinal, quem está até agora a privilegiar uma empresa em detrimento de outras é o próprio estado, MJ incluído e não os juízes. Se a Microsoft é a principal fornecedora de software a todos os organismos de estado, se fizer mais um programa e que sirva efectivamente para melhorar o sistema da justiça, que mal tem ?
Deixem de só falar mal.
Já cheiram a defuntos.
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