‘O Governo “não tenciona alterar, para já, as regras que obrigam a que a propriedade das farmácias seja detida por um farmacêutico”, garantiu ao Diário Económico uma fonte oficial do Ministério da Saúde, depois de confrontada com um estudo encomendado pela Autoridade da Concorrência (AdC), que recomenda precisamente o contrário.’
Sabemos que proprietários de farmácias cujos trespasses atingem valores superiores a um milhão de contos ficariam numa situação delicada se fosse imediatamente liberalizado o acesso indiscriminado à propriedade das farmácias. Mas não nos sai da cabeça que o estudo encomendado pela Autoridade da Concorrência contém um conjunto vasto de recomendações, cuja aceitação se traduziria, a breve trecho, numa redução substancial do preço dos medicamentos a pagar pelos consumidores e pelo Estado (um quarto do orçamento do Serviço Nacional de Saúde respeita a encargos com os medicamentos).
Quando o lucro agregado das farmácias (214 milhões de euros) é, por exemplo, superior ao dos hipermercados Continente (74 milhões de euros) e Jerónimo Martins (82 milhões de euros), o mínimo que se exige ao ministro da Saúde é que dê explicações públicas relativamente ao que pretende fazer com as recomendações do estudo que agora lhe foi entregue.
Sabemos que proprietários de farmácias cujos trespasses atingem valores superiores a um milhão de contos ficariam numa situação delicada se fosse imediatamente liberalizado o acesso indiscriminado à propriedade das farmácias. Mas não nos sai da cabeça que o estudo encomendado pela Autoridade da Concorrência contém um conjunto vasto de recomendações, cuja aceitação se traduziria, a breve trecho, numa redução substancial do preço dos medicamentos a pagar pelos consumidores e pelo Estado (um quarto do orçamento do Serviço Nacional de Saúde respeita a encargos com os medicamentos).
Quando o lucro agregado das farmácias (214 milhões de euros) é, por exemplo, superior ao dos hipermercados Continente (74 milhões de euros) e Jerónimo Martins (82 milhões de euros), o mínimo que se exige ao ministro da Saúde é que dê explicações públicas relativamente ao que pretende fazer com as recomendações do estudo que agora lhe foi entregue.
11 comentários :
Para já não ?????? Ainda vai circular muito dinheiro debaixo das pontes.
Ora bem, é preciso ter muitas cautelas no processo de liberalização da propriedade e sobretudo de instalação de farmácias. Obviamente, o mercado dos medicamentos não é um mercado qualquer e não podemos ter as farmácias a concorrer, tipo loja de electrodomésticos.
Concordo. Vejamos as experiências estrangeiras constantes do Relatório da Católica.
Então o Sócrates agora não diz "É já a seguir!" ? Porquê ?
Se as fontes de novidades para este blog são segredo, qual será o fontanário dos assuntos farmacêuticos?
O Vital Moreira? A Maçonaria?
O Ministério da Saúde?
Mistério.
Não vejo aqui nada de de segredo, o que me parece ser, aliás, uma enorme virtude deste blog: mostra tudo aquilo que está ao nosso alcance... com um bocado de tempo e trabalho, nota-se. (não sou o Miguel Abrantes!)
É, de facto parece que o Sócrates esqueceu o discurso da sua posse. Só ficam os medicamentos fora das farmácias.E então os farmacêuticos fora da propriedade ? É só surfar a Católica e a Autoridade da Concorrência.
"PARA JÁ"... ainda não estou a perder nada.... diz João Cordeiro.
Há anonimos, não tenha nada contra, tambem sou, fazem de nos, pelo menos de mim, uma cambada de patetas e que andamos cá a vêr a atracagem dos cacilheiros.
Então levam tudo para a maçonaria, opus não sei quantos,para os interesses deste e daquele.
Ainda não perceberam, que o negocio do medicamento e a sua distribuição ao consumidor esta nas mãos de meia duzia.
Mas para vêr isto é preciso ir as EUA ou ser aluno da catolica.
Eu trabalhei sobre relatorios do B.P. desde 1980 e sei muito bem,ou devia de saber, analisar as contas nacionais.
Permitam-me, isto tem sido um roubo com a cobertura legal.
Não é o Cordeiro o culpado, tem sido os Governos, o seu laxismo, a sua incompentencia, isso mesmo incompetencia pela forma como trataram o erário público e os interesses do País.
Até me deixa os cabelos em pé, como essa gente, tratou da nossa saúde, do nosso dinheiro e passou pelos ministerios a trata da "saúde"e do dinheiro de 50 ou 100 cordeiros.
O Cordeiro, com aquela carinha de Santo Antonio, faz o que sempre, o deixaram fazer.
Ganhar dinheiro,como quem limpa o rabo dos bébes, com dodot.
Isto algum dia tinha que rebentar pelas costuras.
É que já não fabricamos notinhas de mil.
Um governo, seja ele qual for, não pode ser simpatico, quando esta em causa o País e ninguem pode estar acima deste.
Não devo lançar achas para esta fogueira.
Mas, não entendo que o assunto não possa vir, rápidamente a lume.
Os criticos que procurem saber o que disse o Ministro da Saude sobre este tema, na Sic.
O relatório, ainda não foi entregue ao Governo. Pelo que depreendi, ficará aprazada a sua análise em futuro próximo, pelo Governo.
Nem o Marques de Pombal, pelo ue se sabe, fez tudo no mesmo dia, e foi portador de um poder descricionário nada comparável ao poder Democrático do novo Marquês - Socrates.
É ridículo comparar a facturação e os lucros de ca. de 3000 pequenas empresas com a Continente e a JM. Senão comparem-se os táxis com a Luís Simões e os cafés de bairro com a Delta...
Agora digam-me, por favor, que vantagens há na liberalização do estabelecimento de Farmácia ou de propriedade. Em que é que o Estado lucra? E os doentes? Uma só vantagem concreta e fundamentada!
Em questões de despesa, não seria mais fácil reduzir, simplesmente, os preços e as margens? A indústria das grandes multinacionais será intocável?
Em questões de acessibilidade não seria mais fácil permitir a abertura de farmácias eliminando, apenas e só, os ridículos concursos?
O estudo da AdC é uma falácia, produzido por quem não conhece - nem quer conhecer - minimamente as especificidades do sector.
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