segunda-feira, março 20, 2006

Diga lá, Excelência… vai liberalizar a propriedade das farmácias?

O ministro da Saúde foi entrevistado pela RR e pelo Público. Não se pode dizer que tenhamos ficado elucidados acerca da política de medicamentos.

Relativamente à liberalização da propriedade das farmácias, Correia de Campos disse que “[v]amos ter surpresas”, mas, invocando um compromisso de cavalheiros com a Associação Nacional de Farmácias (presume-se que com João Cordeiro), não adiantou nada, a não ser que já existem “acordos importantes em alguns pontos”. A liberalização vai fazer-se por fases?

Espremida esta parte da entrevista, ficámos a saber que as farmácias vão poder praticar descontos nos medicamentos. E que o ministro não exclui “a possibilidade de chegar a acordo com a ANF, estabelecendo um protocolo [de pagamento das comparticipações] diferente daquele que está em vigor e será denunciado antes do fim do semestre.”

Sabemos que João Cordeiro está de certo modo encurralado, tendo inclusivamente aparecido à luz do dia uma oposição interna à sua forma de conduzir a ANF. Mas este silêncio sepulcral da sua parte é sinónimo de quê? Noutras encarnações, ele já andaria, nesta altura do campeonato, a fazer vigorosas campanhas de propaganda.

7 comentários :

Anónimo disse...

O Ministro apresentou-se na 2, muito confiante.

Mas como já ando cá há uns aninhos, estou como o outro, vi um porco a andar de bicicleta no Rossio.

Há instituições publicas, de caracter social, que sobrevivem do orçamento do estado.

Ora, aqui esta uma forma de financiamento de algumas delas.

Isto não é nada de novo.

No tempo do Botas Cardadas, na Rua Borges Carneiro, mesmo paredes meias com o galinheiro, havia uma instituição, que dava medicamentos aquela população da zona: São Bento, Lapa; Madragoa; Santos.

depois tinhamos na Rua do Arsenal, outra instituição com igual proposito.

Afinal o tal salazarismo não era assim tão mau.

Mau é agora, que exploram o doente carenciado, como a "teta" da republica.

Ó Abrantes, estamos a falar de um negocio chorudo, sem quebras, sempre a pingar e sempre para os mesmos.

"sem quebras", é que o medicamento acabando o prazo,
estando na prateleira,
é devolvido ao laboratorio. Mas se o cliente ja o tiver pago e lhe sobrar meia caixa, ja não o pode devolver, topas Abrantes.

É milhões

É preciso ter muita coragem para mexer nesta caixa de pandora.

Os medicamentos em Ayamonte é metade do preço..é o mesmo.. muitos deles,são similares aos que fabricavamos no Laboratorio Militar, que alguem desativou depois de ter sido modernizado em 73.

Topas Abrantes.

É como as OGMG (oficinas gerais matrial de guerra), foi tudo desativado, agora vai-se comprar pistolas á estranja.

O Fardamento Militar, é a mesma coisa.

Topas.

Anónimo disse...

Não sei quem autoriza a abertura de farmacias, o que é um facto, é que nunca se abriu tantas farmacias como agora. o que era uma dificuldade, hoje, parecem agencias bancarias.

Pois então

Anónimo disse...

Olhem e já agora, porque é que a BIBLIOTECA DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO PORTO está instalada no PALÁCIO DA JUSTIÇA DO PORTO ?
Vejam cá isto...
http://www.oa.pt/CD/Conteudos/contactos/lista_contactos.aspx?sidc=31690&idc=519&idsc=39773

E também porque é que o edifício SEDE da ORDEM DOS ADVOGADOS DO PORTO, sita na Praça da República, que é um edifício do ESTADO, está entregue à ORDEM DOS ADVOGADOS A CUSTO ZERO, sem pagar qualquer renda ?
Ver em
http://silaba-tonica.blogspot.com/2006/03/tema-vi-51-estas-no-so-as-instalaes-do.html

????

Anónimo disse...

Ó ABRANTES PORQUE É QUE NÃO FALAS DISTO?

Por informação da Presidência do Conselho de Ministros ficámos a saber que

- António Filipe, presidente da ERC recebe 6.415,95 euros (1663,39€ desp.representação).
- O vice-presidente recebe 5.845,63 euros (1348,99 desp.representação).
- Os 3 vogais recebe cada um 5.465,43 euros.

Estes vencimentos - denominados de grupo A, Nível 1, ou seja, de gestores públicos de topo de tabela - foram fixados por ordem dos ministros das Finanças e dos Assuntos Parlamentares. Recebem mais do que um ministro de Estado.

Anónimo disse...

Ao anónimo de
Seg Mar 20, 09:45:41 PM

O Senhor pôs o dedo na ferida.
A verdade é que o dinheiro dos nossos impostos, tal como os fundos europeus e os chorudos negócios do estado têm sempre os mesmos clientes.
O resultado é o enriquecimento rápido e fácil de alguns e a miséria que vai alastrando pela população, principalmente entre os idosos que têm de optar entre a comida e o medicamento.
Entretanto o Cordeiro vai-se enchendo cada vez mais e o Governo vai adiando a liberalização das farmácias e o fabrico e distribuição dos genéricos, por exemplo, pelo terceiro sector (cooperativas, mutualidades e misericórdias).
Não me parece difícil que este terceiro sector alargue a sua função social, o que é preciso é que os governos lhes dêm as mesmas facilidades e o mesmo proteccionismo que dispensam aos seus boys.

Qtolomeu disse...

Este tema já deu, já ninguém comenta.
Fica tudo na mesma. Que povo estúpido. Até há um tipo a dizer que abriram muitas Farmácias...

Daqui a 5 ou 10 anos o tema virá à baila outra vez... è um gozo

Qtolomeu disse...

Ó Abrantes, então não vês que o silêncio do Cordeiro é sinal que está com a barriga cheia?
Bem podes pregar...