sexta-feira, março 24, 2006

Em defesa da burocracia do louvor [1]

A tradição ainda é o que era. Por estes dias, a II Série do Diário da República tem estado por conta e risco do Presidente da República que agora saiu de cena: já foram publicados 365 louvores (até à hora em que redigimos este post). Não os lemos todos: ou escrevíamos no blogue ou conhecíamos os feitos dos colaboradores do Dr. Sampaio.

Ainda assim, vimos aleatoriamente alguns louvores. Por exemplo, o Dr. José Vicente Pinheiro de Melo de Bragança, secretário-geral da Presidência da República e, por inerência, secretário-geral das Ordens Honoríficas Portuguesas, mereceu dois louvores: um por ter adoptado as “melhores práticas” na “gestão dos recursos humanos, patrimoniais e financeiros” da Presidência [Louvor n.º 176/2006] e um outro pelo “empenho e colaboração institucional” com a Chancelaria das Ordens, tendo em conta, em particular, os “estudos e investigação efectuados” [Louvor n.º 177/2006].

Só quem não conheça a envergadura (física) do Dr. Bragança é que poderá estranhar o mérito do duplo louvor — pecando, porventura, o Dr. Sampaio por defeito.

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