“Há uma semana foi ao Parlamento criticar a protecção dada aos produtores de electricidade, nomeadamente quanto às compensações pelo fim dos contratos que garantiam a aquisição de energia (os CMEC em Portugal, CTC em Espanha). O que o preocupa?
— A crítica que faço é legítima e tem a ver com o facto de, ao negociar as compensações a pagar aos produtores, o Governo espanhol ter adoptado em 1997 uma atitude claramente em favor dos consumidores e de preços mais baixos de energia, pressionando ao máximo os produtores. Em Portugal assistimos à situação inversa, ou seja, facilitou-se a vida aos produtores garantindo-lhes mais do que aquilo que estava garantido no quadro legislativo e contratual anterior, à custa dos consumidores de energia eléctrica.
Quanto mais vão receber?
— Ainda não se pode fazer contas ao valor total, porque faltam ainda as portarias que vão definir o custo das operações de titularização dos CMEC e outros sobrecustos, como as taxas de actualização. Qualquer diferencial traduzir-se-á em custo acrescido para os consumidores.”
terça-feira, março 14, 2006
A factura
Há uma “falta de vontade real de inovação” na indústria eléctrica europeia, acusa Jorge Vasconcelos, presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), em entrevista ao Público. Sustenta que isso se traduz em sérios prejuízos para os consumidores europeus e que chegou a hora de as produtoras de electricidade fazerem o que não têm feito: investir em I&D. Destacamos da longa entrevista a seguinte passagem:
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4 comentários :
Eh lá! Isto hoje foi dia santo na loja! Foi postar a malhar como se manda!
É terapia ou quê?
mas vendo bem, está muito fraquinho.
Os posts já não falam do cluny, do souto, do coelho...
Isto anda fraco. Qualquer dia a tasca fecha.
Bem me parecia, mas tinha a certeza. Agora se percebe porque é que em 2007 vamos pagar muito mais.
Pode ser que desta entrevista resulte alguma mudança favorável aos consumidores.
É que em Espanha, se faltar a electricidade, o consumidor é automaticamente creditado do valor relativo a essa falha.
A EDP prepara-se para extorquir mais dinheiro aos consumidores (amento de + 15% em 2007), abusando da sua posição monopolista, com a benção do ministro Manuel Pinho.
José Manuel
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