quarta-feira, março 29, 2006

A falta de transparência da indústria farmacêutica


A DECO fez um estudo no qual concluiu que a maioria dos laboratórios “peca por falta de transparência”. O estudo aponta ainda para o facto de a indústria farmacêutica utilizar "o patrocínio a grupos de pacientes e médicos e campanhas de informação sobre doenças como forma de promover os seus medicamentos."

A DECO considera que "as autoridades responsáveis, nomeadamente a Agência Europeia do Medicamento, são muito permissivas em relação a estas empresas".

Um dos exemplos indicados refere-se aos efeitos indesejáveis dos medicamentos: "Antes de colocar o medicamento à venda, a indústria avalia a sua eficácia e efeitos secundários através de testes em animais de laboratório (primeiro) e, depois, no Homem". A venda dos medicamentos "só será permitida se houver provas de que os ganhos para o doente são superiores aos riscos". Contudo, "estes estudos não permitem identificar todos os efeitos secundários", pois "alguns só surgem quando o medicamento é utilizado em larga escala, por milhares de pessoas".

Apesar de existir um organismo responsável em Portugal por essa vigilância — o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) —, a DECO realça que "a informação catalogada não está acessível ao público", o mesmo acontecendo com a Eudravigilance, a base de dados europeia que reúne os efeitos secundários. "A Agência Europeia do Medicamento, que controla os medicamentos na União Europeia, também não tem demonstrado muita actividade nesta área".

A DECO defende ser "indispensável" uma "melhor avaliação dos medicamentos antes de ser autorizada a sua venda". "As firmas deveriam ser obrigadas a divulgar os resultados de todos os estudos sobre os fármacos".

Vale a pena ler a resposta de Gomes Esteves, presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma). Fica-se com a ideia de que os seus comentários pouco ou nada têm a ver com as questões suscitadas pela DECO. Diz, em suma, o presidente da Apifarma que "[n]ão há a mínima hipótese de um medicamento ser lançado em Portugal sem estar devidamente autorizado". Mas a DECO não pôs isso em causa.

5 comentários :

Anónimo disse...

então, miguelito?
hoje não encontraste nada para malhar nos juízes?

pega lá uma ajuda: sempre podias explicar aquela história daquele juiz com um cachecol do ps em noite de eleições....
achas isso bem? eu não.

mr hide

Anónimo disse...

MAs alguem minimamente com 2 dedos de testa, pode dizer que os Juízes são independentes, so os tolos.

Não há Juizes comunistas socialistas, Cavaquistas, centristas e ate Salazaristas?

Independencia?

estamos a falar de que?

Peliteiro disse...

A DECO é uma risota.
E Gomes Esteves não disse só isso...

Anónimo disse...

Que é isso oh Miguelito?! Tás a esquecer-te dos magistrados? Porrada neles é que é fixe!

Anónimo disse...

Caro Abrantes, em materia de medicamentos, se falarmos da Apifarma, estamos a falar, de quanto pior, melhor, para a Apifarma e pior para quem necessita do farmaco.

Já perderam a vergonha.

Criaram um monstro dificil de abater.

Apos o 25 de Abril, as forças progressista, destruiram o Laboratorio Militar, (como A FMBP e agora temos o contrabando de armas, ganda espertos), entregaram a fabricação a estranjeiros, uma comercialização de quanto mais caro melhor.

Se isto fosse uma País a serio, os recursos financeiros poupados nestas extravagancias, é obvio, que nos não estavamos aqui a falar do subsidio de renda de casa aos Juízes.

É vergonhoso o que se passa.

Pode-se ou não devolver os medicamentos que o consumidor não consome.

É vergonhoso.

Vendem caixas de 20, quando com 6 é suficiente.

Mas somos ricos?

Vergonha.

Se isto fosse uma País a serio, ja há muito, há 30 anos, se tinha acabado com a mama.

Somos vigarizados legalmente, com o agrement de quem nos devia defender.

Vergonha