“A actual situação de excesso de oferta de serviços jurídicos para uma procura razoavelmente limitada desencadeou uma voracidade que penaliza a imagem dos advogados sérios e que trabalham dentro de regras claras e objectivas. Pelos verdadeiros roubos de alguns paga a totalidade de uma classe que tem uma imagem cada vez mais degradada aos olhos da opinião pública.
O desafio que agora se coloca à Ordem dos Advogados é ser capaz de limitar tais excessos, seja pela via de campanhas de informação aos cidadãos sobre as regras da prestação dos serviços, seja pela capacidade de sancionar as más práticas. A Ordem tem de demonstrar que é capaz de romper com o corporativismo que a impede de censurar quem pratica preços ou estipula acordos que jogam com a incapacidade dos clientes em perceberem o verdadeiro alcance financeiro do que é proposto. Em certo tipo de casos, de que os inventários de heranças são um verdadeiro paradigma, há advogados que, no limite, face à ignorância de clientes mais idosos ou particularmente desconhecedores da plenitude de direitos, acabam por fixar percentagens de honorários verdadeiramente escandalosas. Acabar com isso também é uma tarefa da Ordem.
Por outro lado, será mais vantajoso para quem recorre aos serviços de um advogado contratualizar a relação no início e não deixar que ela vá evoluindo ao sabor de pequenas e médias tarefas taxadas por um verdadeiro taxímetro. Deve ser no princípio que as regras ficam estipuladas em função da complexidade do assunto, das horas gastas e dos resultados que se pretendem. Se assim for, ganham os clientes mas também os advogados em seriedade e profissionalismo.”
terça-feira, março 28, 2006
Sugestão de leitura
O editorial de hoje do DN intitula-se Advogados e analisa a questão da liberalização completa dos preços a praticar pelos advogados. Destacamos um trecho, embora valha a pena lê-lo na íntegra:
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1 comentário :
Os sacrifícios que o "Miguel" faz para tentar provar a sua "imparcialidade"...
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