quinta-feira, junho 29, 2006

Atrás de mim virá quem de mim bom fará



O presidente Avelino
no exercício de funções
no estádio com o seu nome
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"Corram-nos à pedrada, a sério. Arranjem lá um grupo e corram-nos à pedrada. (…) Eu estou a medir muito bem aquilo que estou a dizer, muito bem", afirmou o presidente da Câmara Municipal de Viseu e da Associação Nacional dos Municípios Portugueses.

Tendo sublinhado que estava “a medir muito bem” aquilo que estava a dizer, Fernando Ruas revelou, dois dias depois, que estava a falar em sentido figurado. Fez-nos ter saudades do hooligan Avelino Ferreira Torres, que, ao menos, não se desdizia.

Mas o que é mais surpreendente neste episódio é a circunstância de o ministro do Ambiente se ter abstido de se pronunciar — e a última coisa que se lhe pedia era que comentasse seja o que for ("Não comentamos esse tipo de afirmações", disse “fonte” do gabinete do ministro ao Jornal de Notícias) —, tendo cabido ao secretário de Estado do Ambiente salvar a honra do convento.

Não menos surpreendente foi a postura dos restantes autarcas. Nem um ousou distanciar-se das palavras do presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, que aparentemente os representa a todos.

E é ainda surpreendente que nenhum órgão de comunicação social tenha explicado o que esteve na origem do acto desbragado de Fernando Ruas. Seria interessante saber o que é que este autarca considera “obstaculização” do desenvolvimento.

6 comentários :

Anónimo disse...

O que vale é que o Ruas é da cor laranja. Se fosse rosa o Abrantes nem sequer falava dele.
Já foste cumprimentar a Verinha ?

Anónimo disse...

Vera... Vera... porque nós deixaste...?

Anónimo disse...

Este Ruas deve ser mais um cacique topo de gama.
Maria da Fonte

Anónimo disse...

Pior só os políticos do PS e a sua tara por criancinhas (calma, Miguel - só estou a falar dos boys & Girls filhos dos aparatchicks do PS).

Anónimo disse...

É notória a necessidade de só haver reuniões com acesso ao público de manhã. As que se efectuam depois das refeições principais podem levar a que se debitem bacoradas jardinescas devido à ingestão dos magníficos vinhos da região. No caso do insular bobo, parece que são os fortes destilados escoceses ou irlandeses. Daí a constância na asneira.

O meu conselho: não liguem e bebam. Pelo menos dizem o que vos vai na alma.

Anónimo disse...

Há tempos ouvi que não tínhamos conseguido colonizar os territórios ultramarinos, mas que, pelo contrário, estávamos a ser colonizados por eles. Se alguém tinha dúvidas aí está uma evidente manifestação desse facto: os presidentes de câmara estão transformados em autênticos sobas e a lei que acatam é a que lhes interessa. E a paralisia dos tribunais dá-lhes uma excelente ajuda.