segunda-feira, junho 26, 2006

Sugestão de leitura

Do editorial de Helena Garrido no DN, intitulado Salários, destaca-se a seguinte passagem:

    “Tudo se complica quando se tenta aplicar a teoria à prática. Imagine-se um país com inflação de 3% e aumento de produtividade de 0,4%. O aumento deveria ser de 3,4%. Mas se um concorrente seu tiver o mesmo aumento de produtividade e uma inflação apenas de 2, subindo os salários em 2,4% conseguirá colocar no mercado produtos mais baratos. Se cada país tiver a sua moeda, a diferença entre os aumentos de custos pode ser corrigida com a depreciação da moeda. Mas tal não é possível quando têm a mesma moeda, como acontece agora em que Portugal partilha o euro com mais 11 países, os seus principais parceiros comerciais. Neste caso, se Portugal insistir em aumentar salários com a soma da sua inflação e do aumento da produtividade verá, como tem visto, os seus produtos a perderem vantagens no preço, a recuarem na sua competitividade. E, como empresas que não vendem não sobrevivem, o resultado é, inevitavelmente, desemprego.”

2 comentários :

Anónimo disse...

Talvez a solução para Portugal seja voltar ao regime da escravatura. Não há custos salariais nem desemprego. Era o paraíso na terra.

José Manuel

Anónimo disse...

José Manuel: mas nã é isso que já está, na prática, a acontecer?