Peter Drucker (citado por Teodora Cardoso no Jornal de Negócios):
“(...) a sociedade do conhecimento é a primeira sociedade humana em que a ascensão social é potencialmente ilimitada. O conhecimento difere dos outros meios de produção pelo facto de não poder ser herdado nem doado. Tem de ser adquirido de novo por cada indivíduo e todos partem da mesma total ignorância”.
Peter Drucker não estava a pensar numa sociedade em que as corporações ainda dão cartas.
5 comentários :
Teorias que funcionam no estrangeiro .... onde as capelinhas não têm força.
sim, claro
a integração socio-económica nada tem a ver com as ferramentas de aquisição de conhecimento
em África e em Londres, todos os bebés estão em pé de igualdade
o disparate também tem direito a 15 minutos de fama?
O problema é que mesmo os meios de transmissão de conhecimento são altamente elitistas. Basta observar os resultados nacionais a Matemática para compreender o falhanço rotundo destas políticas educativas supostamente democráticas. Faz falta sim uma escola forte, onde se priveligie a ordem e a autoridade, e se metam oa alunos na ordem (a este propósito, a anterior secretária de Estado para a Educação, Ana Benavente, disse a dada altura que a circunstância de um aluno cuspir num professor não é muito grave); professores capazes e que encarem o ensino como uma profissão e não como um remédio de quem não tem mais nada que fazer. Isso impõe um saneamento dos professores cujos resultados sejam manifestamente medíocres, a criação de um exame de acesso à profissão e a criação de condições que tornem a profissão de professor atractiva, em termos financeiros e de regalias sociais. Faz falta uma actualização dos programas e dos manuais escolares. Anualmente as editoras ganham milhões com manuais que são um lixo e cujo prazo de vida não alcança um ano. Realizar uma tradução dos manuais estrangeiros mais conceituados e impõr ao Estado a obrigação de fornecer os manuais aos alunos seria um incentivo adequado a que apenas a excelência chegasse aos alunos. Por último, impõe-se terminar com a especialização ao nível do 9º ano. Alguém realmente acha que aos 14 anos é possível decidir inexoravelmente o destino de um jovem? Por outro lado, a especialização excessiva num nível tão precoce apenas conduz a que determinadas competências quedem num estado residual de sub-desenvolvimento. É o caso dos juristas e alunos de letras que põe a língua de fora para fazer uma simples conta e dos inúmeros engenheiros que dão erros atrás de erros e outras barbáries de escrita e que revelam um nível exemplar de desconhecimento do mundo que os rodeia (um dia ouvi um dizer que o último presidente de Portugal antes de 1974 tinha sido Samora Machel!!!).
... pois em África não há ainda uma sociedade do conhecimento...
... além de que Drucker teve o cuidado de acrescentar "potencialmente"...
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