terça-feira, julho 18, 2006

Recordar Peter Drucker

Peter Drucker (citado por Teodora Cardoso no Jornal de Negócios):

    “(...) a sociedade do conhecimento é a primeira sociedade humana em que a ascensão social é potencialmente ilimitada. O conhecimento difere dos outros meios de produção pelo facto de não poder ser herdado nem doado. Tem de ser adquirido de novo por cada indivíduo e todos partem da mesma total ignorância”.

Peter Drucker não estava a pensar numa sociedade em que as corporações ainda dão cartas.

5 comentários :

Anónimo disse...

Teorias que funcionam no estrangeiro .... onde as capelinhas não têm força.

Anónimo disse...

sim, claro
a integração socio-económica nada tem a ver com as ferramentas de aquisição de conhecimento

em África e em Londres, todos os bebés estão em pé de igualdade

o disparate também tem direito a 15 minutos de fama?

Anónimo disse...

O problema é que mesmo os meios de transmissão de conhecimento são altamente elitistas. Basta observar os resultados nacionais a Matemática para compreender o falhanço rotundo destas políticas educativas supostamente democráticas. Faz falta sim uma escola forte, onde se priveligie a ordem e a autoridade, e se metam oa alunos na ordem (a este propósito, a anterior secretária de Estado para a Educação, Ana Benavente, disse a dada altura que a circunstância de um aluno cuspir num professor não é muito grave); professores capazes e que encarem o ensino como uma profissão e não como um remédio de quem não tem mais nada que fazer. Isso impõe um saneamento dos professores cujos resultados sejam manifestamente medíocres, a criação de um exame de acesso à profissão e a criação de condições que tornem a profissão de professor atractiva, em termos financeiros e de regalias sociais. Faz falta uma actualização dos programas e dos manuais escolares. Anualmente as editoras ganham milhões com manuais que são um lixo e cujo prazo de vida não alcança um ano. Realizar uma tradução dos manuais estrangeiros mais conceituados e impõr ao Estado a obrigação de fornecer os manuais aos alunos seria um incentivo adequado a que apenas a excelência chegasse aos alunos. Por último, impõe-se terminar com a especialização ao nível do 9º ano. Alguém realmente acha que aos 14 anos é possível decidir inexoravelmente o destino de um jovem? Por outro lado, a especialização excessiva num nível tão precoce apenas conduz a que determinadas competências quedem num estado residual de sub-desenvolvimento. É o caso dos juristas e alunos de letras que põe a língua de fora para fazer uma simples conta e dos inúmeros engenheiros que dão erros atrás de erros e outras barbáries de escrita e que revelam um nível exemplar de desconhecimento do mundo que os rodeia (um dia ouvi um dizer que o último presidente de Portugal antes de 1974 tinha sido Samora Machel!!!).

Anónimo disse...

... pois em África não há ainda uma sociedade do conhecimento...

Anónimo disse...

... além de que Drucker teve o cuidado de acrescentar "potencialmente"...