A última página da edição de hoje do Público revela os planos de Osama bin Laden para contrair matrimónio com Whitney Houston. A delicada operação implicaria o assassínio de um tal Bobby Brown, ao que se sabe rapper e marido da cantora.
A secção “Destaque”, nas páginas 2 e 3, é dedicada à ofensiva antitabaco: ficamos a saber que Tom & Jerry, Lucky Luke e outras personagens da banda desenhada vão deixar de dar umas passas em público.
Na página 6, aquilo que, com muito boa vontade, poderia preencher um cantinho da Secção “Cartas ao Director” é reproduzido como artigo de opinião: trata-se de uma cega defesa da candidatura de Noronha do Nascimento à presidência do Supremo Tribunal de Justiça. A prosa é da autoria do Juiz Desembargador Afonso Henrique Cabral Ferreira, que nem sequer pode participar no conclave. [Talvez amanhã tenha tempo para me referir a dois ou três aspectos desta insólita prosa, que não poderá deixar de ser tida em conta na futura graduação do articulista.]
Mas o melhor é a manchete: “CAVACO SILVA QUER CONSENSOS PARTIDÁRIOS PARA A JUSTIÇA”. Como chegou o Público a esta brilhante conclusão? Falou com o Presidente da República na véspera? Nem pensar, bastou às jornalistas desenterrar o discurso da tomada de posse do Presidente, ocorrida a 9 de Março, e fazer uma notícia como se reflectisse as palpitações presidenciais de ontem pela tardinha.
Mais tarde ou mais cedo, o seu diário?
7 comentários :
Bem analisado.
E isto tudo num jornal que ainda há pouco tempo era um bom jornal.
Mais tarde ou mais cedo, o seu ex-diário...
Um jornal de referência que o afilhado do Espada transformou num pasquim.
Em tempos foi assim. Lia-se com prazer, dava gosto a ausência do colete de forças que o parece tolher hoje. Mas jose manuel fernandes, que desde os tempos do maoismo não parece ter mudado muito transformou um grande projecto num imenso pasquim.
pasquim? Folha de couve troncha, à imagem do director.
Pois é, bicho.
Quando o pasquim servia os interesses da tua cor e andou por aí a fazer propaganda e até se colocou de cócoras a servir de megafone de mentiras em dias cirúrgicos, como aconteceu no ano passado, era o teu pasquim de eleição.
Agora que parece que começa a tirar o tapete ao sonço do teu patrão, aí já passa a alvo a abater ou o regresso do lápis azul.
Cada vez te mostras como és um porco facista.
Ser barão tem destas coisas: olha-se mais para o próprio umbigo do que para a realidade que nos cerca. Não faz mal. O que é menos próprio é a linguagem utilizada. Como diria o outro não havia necessidade...
Enviar um comentário