É mais um artigo a não perder. José António Saraiva fala sobre o amor. Verificando que há homens fortes que não poupam meios para atingir os fins, o pequeno arquitecto descobre que esses “tubarões” têm um calcanhar de Aquiles. É o coração. Pergunta ele, na “Política a Sério” de hoje:
“Quantos homens que mudaram a História não foram traídos pelo coração?
Quantos vencedores no campo de batalha não perderam a guerra na alcova?”
Não é seguramente o caso de Saraiva. O pequeno arquitecto é forte como uma rocha e incapaz de ceder ao pecado. E tem a seu lado, no Sol, alguns amigos que sabem o que fazer quando o coração bate mais depressa. O CC já há dias havia revelado a solução:
“Para defender a sua pureza, São Francisco rebolou-se na neve, São Bento atirou-se a um silvado, São Bernardo lançou-se num tanque gelado...” [Josemaría Escrivá, Caminho, Ponto 143]
De qualquer forma, a reflexão de Saraiva peca por ser um pouco inacabada. É só razão, mas falta-lhe emoção. E a emoção é indispensável, como diz António Damásio. Por isso, na próxima oportunidade, sugere-se ao pequeno arquitecto que passe a palavra à sua acólita Felícia Cabrita.
PS — Para os que ainda lêem Saraiva (entre os quais impenitentemente me incluo), é interessante notar que o especialista em éticas variadas critica os “tubarões” que tenham praticado crimes só por se terem deixado descobrir. Está tudo bem, se alguém matar, mas não deixar pistas? O. J. Simpson é certamente um herói para o pequeno arquitecto. No fundo, a moral da história do artigo de Saraiva é esta: que excelentes percursos os destes “tubarões”, que belas carreiras, mas não há bela sem senão… O “senão” é terem-se deixado apanhar.
PS — Para os que ainda lêem Saraiva (entre os quais impenitentemente me incluo), é interessante notar que o especialista em éticas variadas critica os “tubarões” que tenham praticado crimes só por se terem deixado descobrir. Está tudo bem, se alguém matar, mas não deixar pistas? O. J. Simpson é certamente um herói para o pequeno arquitecto. No fundo, a moral da história do artigo de Saraiva é esta: que excelentes percursos os destes “tubarões”, que belas carreiras, mas não há bela sem senão… O “senão” é terem-se deixado apanhar.
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